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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Justiça retoma audiência do caso Elize Matsunaga nesta segunda


Justiça retoma audiência do caso Elize Matsunaga nesta segunda

Seis testemunhas serão ouvidas; ré não deve ser interrogada.
Juiz decidirá se viúva, que está presa por esquartejar marido, irá a júri.

Kleber Tomaz Do G1 São Paulo
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Elize Matsunaga (Foto: Carlos Pessuto/Futura Press/AE)Elize Matsunaga está presa preventivamente
(Foto: Carlos Pessuto/Futura Press/AE)
A Justiça de São Paulo retoma, na manhã desta segunda-feira (12), a audiência do caso Matsunaga no Fórum da Barra Funda, Zona Oeste da capital paulista. Após o depoimento de seis testemunhas, o juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5ª Vara do Júri, irá marcar uma nova data para ouvir a bacharel em direito Elize Araújo Kitano Matsunaga, presa preventivamente ao confessar que matou e esquartejou sozinha o marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, em 19 de maio.
Elize deverá acompanhar os depoimentos das testemunhas nesta segunda. Essa etapa do processo, chamada de instrução, serve para decidir se há indícios suficientes para que a ré seja submetida a um julgamento popular pelo crime.
No dia 10 de outubro, cinco testemunhas arroladas pela acusação foram ouvidas, entre elas o irmão da vítima, o delegado da Polícia Civil que investigou o caso, um detetive contratado pela acusada para flagrar a traição de Marcos Matsunaga e uma das empregadas do casal.
A defesa de Elize Matsunaga alega que ela matou o marido após descobrir a infidelidade dele. A acusada também teria, segundo seus advogados, sido agredido com um tapa no rosto no apartamento do casal, na Zona Oeste. Em seguida, ainda de acordo com a versão da defesa, ela atirou no marido, cortou o seu corpo e jogou as partes em malas na Grande São Paulo.
O Ministério Público, que denunciou Elize pelo crime, discorda: diz que a mulher matou o empresário para ficar com o dinheiro da herança e do seguro de vida dele e que o crime foi premeditado. A Promotoria chegou inclusive a pedir a instauração de um novo inquérito policial para investigar a suspeita de que outra pessoa teria ajudado a bacharel no assassinato.
De acordo com informações da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), a partir das 10h desta segunda, prestarão depoimento o restante das testemunhas de acusação e todas as que foram indicadas pela defesa da ré. Como na primeira audiência, a imprensa não poderá acompanhar os depoimentos dentro do plenário por decisão do juiz.
Segundo o TJ-SP, deverão falar duas testemunhas arroladas pela acusação de Elize, duas pessoas sugeridas pela defesa da ré e duas testemunhas comuns entre Ministério Público e defensores da viúva. O promotor José Carlos Cosenzo sugeriu a oitiva do delegado Valter Sérgio de Abreu, amigo da família de Marcos Matsunaga e de uma mulher. O advogado da ré, Luciano Santoro, pediu a oitiva da modelo e pivô da traição de Marcos, Nathalia Vila Real Lima, e da babá da filha do casal, Mauriceia José Gonçalves dos Santos. Os peritos da Polícia Técnico-científica Jorge Pereira de Oliveira e Ricardo Salada são testemunhas em comum arroladas tanto pela Promotoria quanto pelo defensor da ré.

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