Justiça retoma audiência do caso Elize Matsunaga nesta segunda
Seis testemunhas serão ouvidas; ré não deve ser interrogada.
Juiz decidirá se viúva, que está presa por esquartejar marido, irá a júri.
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Elize Matsunaga está presa preventivamente
(Foto: Carlos Pessuto/Futura Press/AE)
A Justiça de São Paulo retoma, na manhã desta segunda-feira (12), a
audiência do caso Matsunaga no Fórum da Barra Funda, Zona Oeste da
capital paulista. Após o depoimento de seis testemunhas, o juiz Adilson
Paukoski Simoni, da 5ª Vara do Júri, irá marcar uma nova data para ouvir
a bacharel em direito Elize Araújo Kitano Matsunaga, presa
preventivamente ao confessar que matou e esquartejou sozinha o marido, o
empresário Marcos Kitano Matsunaga, em 19 de maio.(Foto: Carlos Pessuto/Futura Press/AE)
Elize deverá acompanhar os depoimentos das testemunhas nesta segunda. Essa etapa do processo, chamada de instrução, serve para decidir se há indícios suficientes para que a ré seja submetida a um julgamento popular pelo crime.
No dia 10 de outubro, cinco testemunhas arroladas pela acusação foram ouvidas, entre elas o irmão da vítima, o delegado da Polícia Civil que investigou o caso, um detetive contratado pela acusada para flagrar a traição de Marcos Matsunaga e uma das empregadas do casal.
A defesa de Elize Matsunaga alega que ela matou o marido após descobrir a infidelidade dele. A acusada também teria, segundo seus advogados, sido agredido com um tapa no rosto no apartamento do casal, na Zona Oeste. Em seguida, ainda de acordo com a versão da defesa, ela atirou no marido, cortou o seu corpo e jogou as partes em malas na Grande São Paulo.
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O Ministério Público, que denunciou Elize pelo crime, discorda: diz que
a mulher matou o empresário para ficar com o dinheiro da herança e do
seguro de vida dele e que o crime foi premeditado. A Promotoria chegou
inclusive a pedir a instauração de um novo inquérito policial para
investigar a suspeita de que outra pessoa teria ajudado a bacharel no
assassinato.De acordo com informações da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), a partir das 10h desta segunda, prestarão depoimento o restante das testemunhas de acusação e todas as que foram indicadas pela defesa da ré. Como na primeira audiência, a imprensa não poderá acompanhar os depoimentos dentro do plenário por decisão do juiz.
Segundo o TJ-SP, deverão falar duas testemunhas arroladas pela acusação de Elize, duas pessoas sugeridas pela defesa da ré e duas testemunhas comuns entre Ministério Público e defensores da viúva. O promotor José Carlos Cosenzo sugeriu a oitiva do delegado Valter Sérgio de Abreu, amigo da família de Marcos Matsunaga e de uma mulher. O advogado da ré, Luciano Santoro, pediu a oitiva da modelo e pivô da traição de Marcos, Nathalia Vila Real Lima, e da babá da filha do casal, Mauriceia José Gonçalves dos Santos. Os peritos da Polícia Técnico-científica Jorge Pereira de Oliveira e Ricardo Salada são testemunhas em comum arroladas tanto pela Promotoria quanto pelo defensor da ré.
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