Jornal Novo Tempo

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terça-feira, 20 de maio de 2014

Paulo Roberto Costa foi preso durante a Operação Lava Jato. Ordem do STF garantiu a liberdade provisória para ele, na segunda-feira (20).

Ex-diretor da Petrobras entrega o passaporte para a Justiça Federal


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Paulo Roberto Costa, no momento em quem foi solto pela PF, na segunda-feira (19) (Foto: Thais Kaniak/G1)Paulo Roberto Costa, no momento em quem foi
solto pela PF, na segunda-feira (19)
(Foto: Thais Kaniak/G1)
O advogado Fernando Fernandes, que defende o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, entregou nesta terça-feira (20), o passaporte do cliente dele à Justiça Federal, em Curitiba. A medida atende uma das condições para a liberdade provisória de Costa, concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, na segunda-feira (19).
O ex-diretor da Petrobras foi preso durante as investigações da Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal em março de 2014 e que investiga lavagem de dinheiro. Conforme as investigações, a quadrilha que seria chefiada pelo doleiro Alberto Youssef, movimentou mais de R$ 10 bilhões ilegalmente.
Paulo Roberto Costa aparece nas investigações por ter, supostamente, facilitado um contrato de uma empresa de fachada mantida por Youssef junto à estatal. No momento da prisão, ainda em março, Costa foi flagrado pelos policiais tentando destruir documentos que poderiam provar a ligação dele com o esquema.
A liberdade de Costa só foi concedida após uma reclamação do advogado junto ao STF, na qual ele questiona a competência da 13ª Vara Federal de Curitiba para analisar o caso. O motivo é que entre as pessoas citadas no processo aparecem políticos, como o deputado federal André Vargas (sem partido-PR) que possui foro privilegiado. Embora Vargas não tenha sido arrolado como réu nos processos da Operação Lava Jato, as ligações dele com o doleiro Alberto Youssef foram enviadas para o STF, que deve investigar e processar o parlamentar, se considerar necessário.
Outros presos
Ainda na segunda-feira, Zavascki respondeu a um pedido de esclarecimento sobre a decisão que soltou Paulo Roberto Costa. O juiz federal Sérgio Moro, que cuida do caso, indagou o ministro do STF quanto à extensão da medida tomada por ele. O objetivo era saber se a liberdade provisória se estenderia aos outros 11 detidos, mas a resposta foi negativa.
Sérgio Moro alertou o STF sobre a possibilidade de fuga dos acusados para outros países. O juiz alegava que todos possuíam amplo poder econômico para empreender a fuga, dado o volume de negócios suspeitos e de dinheiro envolvido nas operações ilegais.
Além de Youssef, também estão presos outros suspeitos de integrar o esquema de lavagem de dinheiro, entre eles, um homem acusado de tráfico de cocaína e outro que está na Espanha. Há ainda um acusado foragido.

Pistola calibre 380 com licença vencida foi apreendida na casa de Silval. Apartamento de Silval Barbosa foi alvo da Operação Ararath, nesta terça.

Governador de MT paga R$ 100 mil de fiança na PF e diz estar 'tranquilo'


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Governador Silval Barbosa deixa a sede da Polícia Federal em MT (Foto: Reprodução/TVCA)Governador na PF após ser preso em flagrante por posse ilegal de arma (Foto: Reprodução/TVCA)
Ogovernador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), pagou fiança de R$ 100 mil, equivalente a 138 salários mínimos, após ser preso em flagrante pela Polícia Federal por posse ilegal de arma. Ele ficou na sede da Superintendência da Polícia Federal, em Cuiabá, por mais de quatro horas, e deixou o local no final da tarde desta terça-feira (20). Uma pistola calibre 380 foi encontrada no apartamento do governador, no momento em que agentes federais cumpriam mandados de busca e apreensão decorrentes da nova fase da Operação Ararath, deflagrada nesta terça, e que investiga crimes financeiros e lavagem de dinheiro.
Diversos mandados de busca e apreensão também foram cumpridos em outras residências de autoridades públicas, empresas privadas e órgãos públicos. O deputado estadual José Riva (PSD) e o ex-secretário de fazenda Éder Moraes tiveram as prisões decretaras pela Justiça e foram encaminhados para Brasília (DF), onde devem prestar depoimento. As investigações apontaram que o dinheiro era oriundo de empresas negociadoras de crédito, chamadas de 'factorings', sendo algumas delas de fachada.
O secretário de Comunicação do estado, Marcos Lemos, confirmou ao G1 o pagamento feito pelo governador para ser liberado. Por meio de nota, Silval Barbosa diz estar “tranquilo e convicto de que todos os fatos, envolvendo o cumprimento de mandados judiciais em sua residência serão devidamente esclarecidos”.  Ao deixar a sede da PF, o governador preferiu não falar com a imprensa.
"A polícia não chamou o governador para prestar esclarecimentos sobre isso [Operação Ararath]. Ele foi conduzido para prestar esclarecimentos com relação à questão da arma que ele mesmo apresentou para a polícia. Não tem nada em relação à operação. Ele apresentou os documentos da arma. O delegado recebeu os documentos e visualizou que a questão do registro estar vencido não era do conhecimento do governador”, declarou o advogado Ulisses Rabaneda, logo após a saída do governador da Superintendência da Polícia Federal.
Prisões e mandados de busca
A Polícia Federal deflagrou a quinta fase da Operação Ararath e cumpriu mandados de busca e apreensão nas casas do deputado estadual José Riva (PSD), do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Sérgio Ricardo Almeida, do prefeito Mauro Mendes (PSB), além do governador Silval Barbosa. O gabinete do prefeito também foi alvo da operação, como ainda o gabinete de um promotor de Justiça, no Ministério Público Estadual (MPE).
Os agentes federais também foram até a sede da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT), no Centro Político Administrativo, e recolheram documentos. A operação foi motivada por um inquérito que tramita desde março no Supremo Tribunal Federal (STF), no qual um dos investigados é o senador licenciado Blairo Maggi (PR-MT). Senadores e deputados federais têm prerrogativa de foro, isto é, só podem ser alvos de investigação autorizada pelo Supremo.
Deputado Riva saindo da PF (Foto: Carolina Holland)Deputado Riva, de camisa clara, na PF, logo após ser preso na residência dele (Foto: Carolina Holland)
Pelo menos 59 pessoas, entre físicas e jurídicas, são investigadas por crimes financeiros e lavagem de dinheiro, conforme o juiz da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, Jefferson Schneider, responsável por encaminhar as decisões judiciais referentes à operação ao Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado informou que decretou duas prisões, sendo uma preventiva e outra temporária, e 30 conduções coercitivas, quando o investigado é levado pela polícia para prestar esclarecimentos sobre o crime. Também disse que recebeu denúncia contra quatro envolvidos tornando-os réus na ação. Porém, o Supremo deliberou por mais mandados de busca e apreensão e ainda por prisões cautelares.
O ex-secretário Éder Moraes já atuou como secretário-chefe da Casa Civil, secretário da Fazenda, presidente da Agência de Fomento do Estado de Mato Grosso S/A (MT Fomento) e da Agecopa, antiga Agência de Execução de Projetos da Copa. Atualmente ele atua como apresentador de um programa de televisão e teve prisão preventiva decretada pela Justiça Federal.
Operação no Mato Grosso (GloboNews)  (Foto: Reprodução GloboNews)Agentes federais cumpriram busca e apreensão na Prefeitura de Cuiabá (Foto: Reprodução GloboNews)
Ao deixar a Superintendência da PF dentro de um veículo policial, Moraes chegou a acenar para os jornalistas e curiosos que estavam no local. Um rojão chegou a ser disparado nas imediações no momento exato da saída do comboio da PF pela Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA).
Já o deputado estadual José Riva preferiu esconder o rosto com as mãos no momento em que o carro saiu da garagem da Superintendência da PF sob escolta. Os advogados dos investigados preferiram não comentar o assunto.

Marchas aconteceram como parte da campanha chamada "Grito da Terra". Agricultores reivindicaram reforma agrária e melhores condições de trabalho.

Trabalhadores rurais organizam marchas de protesto pelo Brasil


A Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) organizou marchas em capitais de várias regiões do país dentro de uma campanha que promove há vários anos, batizada de "Grito da Terra".
Em Aracaju, 300 pessoas foram até a sede do Incra para pedir agilidade no processo de reforma agrária.
Em Goiânia, 700 agricultores se reuniram em frente à Secretaria de Agricultura pedindo melhores condições de trabalho no campo.
Em Maceió, a mobilização queria a valorização da agricultura familiar.
Em Teresina, a palavra de ordem diante da sede do INSS era eliminar dificuldades para obtenção de aposentadoria rural.
Em Porto Alegre, os participantes exigiam mais rapidez na solução de conflitos sobre demarcação de terras. Entre as demandas específicas, foi defendida também a distribuição de protetor solar para trabalhadores rurais como forma de impedir o câncer de pele.

a volta para casa, estações de trens e metrô ficaram lotadas. Rodízio de veículos foi suspenso pela Prefeitura nesta terça-feira (20).


Paralisação de ônibus em SP fecha terminais e provoca trânsito recorde



A paralisação de cobradores e motoristas de ônibus em São Paulo nesta terça-feira (20) provocou trânsito recorde na cidade, fechou 16 terminais e superlotou as estações de trens e de metrô. Não foi divulgado se o protesto será mantido nesta quarta-feira (21).
O prefeito Fernando Haddad (PT) e o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, usaram a expressão "sabotagem" para definir a paralisação.
(O G1 acompanhou em tempo real a manifestação em fotos e vídeos.)
O movimento começou às 9h50 com motoristas da Viação Santa Brígida e Sambaiba, no Centro. Ao longo do dia, mais motoristas aderiram ao movimento que contesta acordo salarial fechado na segunda de reajuste de 10%. A interrupção não foi anunciada: motoristas dizem que o aumento não foi suficiente.
No começo da tarde, seis terminais de ônibus estavam parados. Por volta das 16h, eram 12 pontos, que aumentaram para 16 no começo da noite.
Ônibus parados na Avenida General Olímpio da Silveira, sob o Elevado Costa em Silva, em São Paulo, durante paralisação de motoristas e cobradores. (Foto: Hélvio Romero/Estadão Conteúdo)Ônibus parados na Avenida General Olímpio da
Silveira, sob o Elevado Costa em Silva. (Foto: Hélvio
Romero/Estadão Conteúdo)
Recorde e rodízio suspenso
Por conta da paralisação, o rodízio de veículos foi suspenso no período da tarde, o que prejudicou mais ainda o tráfego. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o congestionamento foi recorde: foram 261 km de filas às 19h. O índice superou o registrado em 17 de abril, véspera do feriado de Páscoa, quando 258 km de vias ficaram congestionadas.
Diversas ruas da cidade ficaram com filas de ônibus parados. Na Avenida Brigadeiro Faria Lima, no sentido Largo da Batata, os carros circulavam por apenas uma faixa. Os veículos parados sobre a Ponte Eusébio Matoso complicaram o trânsito em toda a Marginal Pinheiros.
Na noite desta terça, nove dos 16 terminais tinham sido liberados: Varginha, Princesa Isabel, Parque D. Pedro II, Vila Nova Cachoeirinha, Santana, Casa Verde, Sacomã, Grajaú e Amaral Gurgel.
Os terminais Mercado, Bandeira, Pirituba, Lapa, Pinheiros, Butantã e Barra Funda, entretanto, permaneciam bloqueados. Em entrevista à TV Bandeirantes, o prefeito Fernando Haddad definiu o ato como “sabotagem”. "Esse tipo de sabotagem é difícil de resolver, porque botar um ônibus na transversal e jogar a chave fora não é simples de resolver."
As estações de trens e metrô também foram afetadas. Segundo a Via Quatro, concessionária que administra a Linha 4- Amarela, houve momentos em que os passageiros tiveram dificuldade para entrar e se locomover na estação Pinheiros por conta do excesso de pessoas. Os trens, entretanto, circulavam com velocidade normal.
Motoristas discordam de acordo
De acordo com os motoristas ouvidos peloG1 no Terminal Pinheiros, eles discordam da decisão tomada em assembleia na noite desta segunda-feira (19). A categoria decidiu na sede do sindicato aceitar a proposta das empresas. Assim, o sindicato decidiu cancelar a paralisação prevista para esta semana.
Segundo a proposta aceita na assembleia, os motoristas receberão 10% de reajuste salarial, tíquete alimentação mensal de R$ 445,50 e participação nos lucros e produtividade de R$ 850, entre outros benefícios.
Inicialmente, as empresas ofereceram 5% de reajuste. Já o sindicato pedia um índice de 13%. Um dos benefícios mais festejados pela categoria nesta campanha salarial foi o reconhecimento à insalubridade, dando o direito a aposentadoria especial aos 25 anos de trabalho. A direção do sindicato, que representa ao todo 37 mil trabalhadores, se disse surpreendida com a atitude de alguns motoristas.

Leia a nota do sindicato da categoria
A direção do Sindicato dos Motoristas de São Paulo esclarece que foi surpreendida na manhã de hoje (20/05) com as manifestações realizadas na cidade por alguns trabalhadores (as) que se dizem contrários ao fechamento da Campanha Salarial 2014. Ontem na Assembleia Geral, que ocorreu no final da tarde, mais de 4 mil trabalhadores (as) compareceram e aprovaram a proposta apresentada que foi de: 10% no salário; ticket mensal de R$ 445,50; PLR de R$ 850,00; melhoria dos produtos da cesta básica (o Sindicato irá determinar as marcas); 180 dias de licença maternidade; fim do Genérico e o reconhecimento da insalubridade, dando o direito a Aposentadoria Especial aos 25 anos de trabalho.  Além disso, ficou determinado a criação de uma Comissão para discutir outras questões como convênio médico, situação do setor de manutenção, ou seja, dar continuidade na revolução de problemas enfrentados pela categoria. O Sindicato, através do seu presidente Valdevan Noventa e da sua diretoria, irá verificar de onde partir essas manifestações e o motivo real que levou os trabalhadores (as) a tomarem essa atitude, principalmente porque foi logo após terem aceitado e aprovado a proposta em Assembleia.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss), Francisco Cristovam, afirmou em entrevista à rádio CBN que fechou acordo com o sindicato da categoria na noite de segunda. “[Os responsáveis pela paralisação] não têm representatividade. Com quem vamos negociar?”, indagou.
Final de noite
Muitos trabalhadores ainda tentavam arrumar uma maneira de chegar em casa no final da noite desta terça-feira (20). Na Zona Oeste da capital, por exemplo, a Estação Butantã do Metrô era o ponto final para vários moradores de bairros que fazem divisa com munícipios vizinhos da capital, como Taboão da Serra, e próximos de rodovias, como a Raposo Tavares. A partir daí, cada um se virava como podia: valia desde ligar para um familiar, dividir um táxi ou até pedir carona.
Elisângela do Nascimento, (Foto: Marcelo Mora/G1)Elisângela do Nascimento: 'Não sei o que fazer'
(Foto: Marcelo Mora/G1)
Elisângela do Nascimento, que trabalha em uma empresa de telemarketing na Rua da Consolação, por exemplo, costuma ir até o Terminal Bandeira, no Centro, para pegar uma única condução que a deixava próxima de casa, no Jardim Jacqueline, perto de Taboão. Sem ônibus, teve de ir de metrô até o Butantã, onde, por volta das 22h30, ainda não sabia como faria para continuar a viagem.
"Não sei o que fazer. Não tenho ninguém para ligar e estou sem dinheiro, sem nada. Usei para pagar a passagem do metrô", lamentou. Ela criticou a paralisação dos motoristas e cobradores. "Fiquei em pânico quando eu soube. Como paralisam assim sem avisar no meio do dia?"
Neli Ramos de Aquino, que também trabalha em uma empresa de telemarketing, na região da República, no Centro, precisou contar com a ajuda de uma tia para retornar para casa, no Jardim das Palmas, também perto de Taboão. "Ela está vindo me buscar de táxi. De ida e volta, vamos gastar uns R$ 100. O pior é que a empresa não paga", disse.
Sobre a greve, a considerou "um transtorno". "Tudo bem eles reivindicarem o direito deles, mas não é justo eles prejudicarem os trabalhadores por isso", afirmou.
Aglomeração de passageiros na Estação Pinheiros do Metrô de São Paulo em paralisação de motoristas nesta terça (20) (Foto: Dario Oliveira/Estadão Conteúdo)Aglomeração de passageiros na Estação Pinheiros. (Foto: Dario Oliveira/Estadão Conteúdo)
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Ponto de ônibus na Avenida Nove de Julho: ônibus circulavam, mas ponto estava lotado. (Foto: Sttela Vasco/G1)Ponto de ônibus na Av. Nove de Julho: ônibus circulavam, mas ponto estava lotado. (Foto: Sttela Vasco/G1)
GREVE ONIBUS 620 PX (Foto: Luiz Guarnieri/ Brazil Photo Press/Folhapress)Avenida bloqueada no Brás. (Foto: Luiz Guarnieri/ Brazil Photo Press/Folhapress)
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Cobradores e motoristas de ônibus fecham terminais durante manifestação em SP (Foto: Ardilhes Moreira/G1)Cobradores e motoristas de ônibus fecham terminais  (Foto: Ardilhes Moreira/G1)

Policiais que atuam na região relatam saques; PM não divulgou balanço. SPTrans diz que vandalismo não tem relação com paralisação.

Ônibus são incendiados no Grajaú, na Zona Sul de São Paulo

Policiais que atuam na região relatam saques; PM não divulgou balanço.
SPTrans diz que vandalismo não tem relação com paralisação.

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fogo grajau (Foto: Reprodução)Ônibus foram incendiados na região da Avenida Belmira Marin (Foto: Reprodução/TV Globo)
Ao menos cinco ônibus foram incendiados na região do Grajaú, na Zona Sul de São Paulo, no início da noite desta terça-feira (20), de acordo com a SPTrans, Três deles ficaram completamente destruídos. Os ataques aos coletivos não teriam ligação com a paralisação dos motoristas e cobradores que travou a cidade a partir do meio da tarde desta terça-feira, segundo a SPTrans.
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Fogo em ônibus na Avenida Belmira Marin (Foto: Márcia Neiva/G1)Fogo em ônibus na Avenida Belmira
Marin (Foto: Márcia Neiva/Arquivo Pessoal)
A Polícia Militar não divulgou balanço oficial sobre o vandalismo. Não há informações sobre o motivo do ato, nem sobre o número de pessoas detidas.
Entretanto, policiais militares que atuam na região dizem que houve a desocupação de um terreno na Rua Alziro Pinheiro Magalhães. Os policiais suspeitam que possa haver relação entre a desocupação e o protesto.
Os policiais da área também relatam que houve saques em lojas de departamentos e supermercados localizados na região da Avenida Dona Belmira Marin. A via chegou a ser bloqueada pelos manifestantes com caçambas de lixo. Segundo os policiais, ao menos um suspeito foi preso com um galão de gasolina.

A Polícia Civil não divulgou balanço da operação. O G1 aguarda posicionamento da Secretaria da Subprefeituras para confirmar ação de reintegração de posse na região.

Isso Tudo é Balela

Caetano tem direitos políticos cassados por cinco anos

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E agora? O ex-prefeito de Camaçari, Luiz Caetano (PT) teve os direitos políticos cassados por cinco anos de acordo com sentença do juiz César Augusto Borges de Andrade, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Camaçari, na Região Metropolitana. A justiça acatou ação civil pública do Ministério Público Estadual contra Caetano por acusação de desvios de recursos dos cofres municipais quando esteve à frente da prefeitura. A ação também envolve a Fundação Humanidade Amiga. Ambos estão condenados a ressarcir integralmente 304.210,00 (trezentos e quatro mil duzentos e dez reais) aos cofres do de Camaçari, com as devidas correções.
Além disso, de acordo com a decisão da Justiça, a Fundação e Luiz Caetano foram multados também em 304.210,00 (trezentos e quatro mil duzentos e dez reais), também com as devidas correções legais. Eles estão proibidos de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais, direta ou indiretamente. Luiz Caetano pretendia ser candidato a deputado Federal nas eleições deste ano.

O Caus Novamente Começa no Brasil

Policiais civis de vários estados decidem fazer paralisação na quarta

Sindicatos confirmaram mobilização de 24 horas em 10 estados e no DF.
Ato é proposto pela Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis.

Do G1, em São Paulo
Assembleia do Sindpol foi realizada nesta segunda, no Rio (Foto: Divulgação / Sindpol)Assembleia do Sindpol foi realizada nesta segunda, no Rio (Foto: Divulgação / Sindpol)
Os sindicatos dos policiais civis de Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, ParáRio de Janeiro, Paraíba, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe decidiram aderir a uma paralisação de 24 horas na quarta-feira (21). O ato é organizado pela Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol) e visa um nivelamento do salário dos policiais em todo o país e de melhores condições de segurança e infraestrutura para a categoria.
A Cobrapol disse, em nota divulgada na segunda-feira (19), que os policiais civis dos estados do Amazonas, Espírito Santo e Tocantins também participariam da paralisação. Entretanto, o sindicato do Amazonas informou ao G1 que não irá aderir à paralisação. Já no Espírito Santo, ainda será realizada assembleia para decidir se a categoria adere ou não ao ato convocado pela Cobrapol. Em Tocantins, não haverá paralisação local. Minas Gerais , São Paulo e Sergipe, que não estavam citados na nota da Cobrapol, também terão paralisação.
Acre
Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Acre (Sinpol-AC), Itamir Lima, o sindicato não vai aderir à paralisação nacional, pois está em processo eleitoral para a escolha da nova diretoria do órgão, que ocorre na quinta-feira (22). Ele faz questão de ressaltar que a confederação nacional está ciente dos motivos pelo qual o sindicado do Acre não vai aderir à paralisação.
Alagoas
Segundo o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas, haverá adesão ao ato. O vice-presidente do sindicato Edeilto Gomes disse que haverá uma concentração das polícias Civil, Militar, Rodoviária Federal e Federal em frente à sede da PF às 9h. De lá, eles seguem para uma assembleia no Sindicato dos Policiais Federais para definir os rumos do ato.
Amapá
Sindicato informou que não irá aderir à paralisação.
Amazonas
O Sindicato dos Policiais Civis informou nesta terça que os policiais do estado não irão aderir à paralisação. Na segunda, o presidente do sindicato, Moacir Maia, disse ao G1 que não foi comunicado oficialmente pela Confederação Nacional sobre a paralisação. Para aderir ao movimento, precisaria ter convocado uma assembleia geral. Segundo Maia, em solidariedade ao movimento nacional, podem pensar em fazer uma manifestação em praça pública, mas sem afetar os serviços.
Bahia
De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia, os policiais decidiram em assembleia aderir à paralisação de 24 horas na quarta-feira caso não haja avanço nas negociações com o Governo do Estado sobre a pauta de reivindicações da categoria. Cerca de 30% do efetivo permanece nos postos de trabalho, atendendo casos como prisão em flagrante, levantamento cadavérico, crimes contra a criança e a vida.
Ceará
Sindicatos e associações de setores policiais do Ceará informaram ao G1 que descartam qualquer possibilidade de greve parcial ou total dos servidores nesta quarta-feira.
Distrito Federal
O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol) afirma que a categoria vai suspender suas atividades nesta quarta-feira, das 8h até a meia-noite. O sindicato diz que o movimento integra a paralisação nacional dos profissionais de segurança pública e tem como objetivo abrir diálogo com o governo sobre as propostas de valorização da carreira policial.
Espírito Santo
Segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Espírito Santo, haverá uma assembleia na manhã de quarta para decidir sobre a adesão, na chefatura de polícia. Está previsto um protesto em Vitória.
Goiás
O sindicato informou ao G1 que fará uma reunião na quarta para decidir sobre eventuais protestos e paralisação.
Maranhão
Sindicato informou que não irá aderir à paralisação.
Mato Grosso
Sindicato informou que não irá aderir à paralisação.
Mato Grosso do Sul
Em Mato Grosso do Sul não haverá greve dos policiais civis. De acordo com a assessoria de imprensa do Sindicato dos Policiais Civis no estado, em assembleia realizada nesta terça-feira (20), ficou definido que será feita apenas panfletagem em algumas delegacias alertando a população e o poder público de que é preciso mais investimento na segurança.

Minas Gerais
Os serviços de primeira necessidade, segundo o sindicato, serão mantidos, como a prisão por flagrante, condução de detidos e serviço de rabecão. As outras atividades serão realizadas com uma redução de 30% do atendimento. Ainda segundo o sindicato, os policiais pretendem se reunir na região central da cidade para uma assembleia na quarta, às 10h.
Pará
Segundo o sindicato, o movimento tem adesão de policiais rodoviários, policiais federais e militares, que irão realizar um ato na Praça Batista Campos para cobrar uma política nacional de segurança pública. Ainda de acordo com o sindicato, 30% dos serviços serão mantidos para garantir o atendimento para a população.

Paraíba
O Sindicato dos Servidores da Polícia Civil da Paraíba informou que vai ter o efetivo reduzido na quarta-feira em apoio à mobilização nacional. O presidente do SSPC-PB, Erivaldo Henrique de Sousa, afirmou que as delegacias do estado permanecerão abertas, mas só vão registrar casos de flagrantes.
Paraná
Sindicato informou que não irá aderir à paralisação.
Pernambuco
O Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Pernambuco (Sinpol-PE) informou, na tarde desta terça (20), que não vai aderir à paralisação de 24 horas da categoria. A entidade afirmou que não recebeu comunicado da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), que organiza o ato em outros estados. A associação acrescentou que mantém diálogo com o governo estadual e vem negociando as reivindicações.
Apesar do Sinpol-PE dizer que não vai participar da paralisação, um movimento de oposição ao sindicato promete fazer uma passeata no Recife. O movimento é organizado pelo grupo Movimento de Mudança e pela União dos Escrivães de Polícia de Pernambuco (Uneppe). Eles afirmam que vão sair em caminhada, a partir das 15h, da Praça Oswaldo Cruz, na Boa Vista, em direção ao Palácio do Campo das Princesas, sede do Executivo estadual, no Centro da capital.
Piauí
No Piauí não haverá greve dos policiais civis, militares e federais. De acordo com a assessoria de imprensa dos sindicatos das categorias no estado, o Ministério Público Estadual entrou com uma liminar proibindo qualquer greve na segurança. Nessa quarta-feira, os policiais farão um ato público no Centro de Teresina para reivindicar o direito de paralisar.
Rio de Janeiro
De acordo com o presidente do sindicato dos policiais civis do Estado do Rio de Janeiro, Fernando Bandeira, todos os setores do órgão vão aderir à greve, respeitando o mínimo de 30% em serviço, como previsto na lei. Em um nova assembleia na quarta-feira, a categoria vai decidir se a paralisação se estenderá. A incorporação das gratificações de serviço, o aumento no valor do tíquete-refeição e do vale transporte são as principais reivindicações do Sinpol.
Rio Grande do Norte
Policiais civis e militares decidiram não aderir à paralisação nacional. De acordo com a Associação de Cabos e Soldados da PM, haverá uma assembleia na quinta-feira (22) para deliberar sobre futuras paralisações da categoria. O Sindicato dos Policiais Civis do RN, por sua vez, informou que a categoria deliberou nesta terça-feira por não aderir à paralisação.
Rio Grande do Sul
Sindicato informou que não irá aderir à paralisação.
Rondônia
Os servidores vão pedir melhores condições de trabalho, segundo o sindicato. Os serviços de primeira necessidade serão mantidos, como a prisão por flagrante e condução de detidos, edelegados não irão aderir ao ato. As outras atividades serão realizadas com uma redução de 30% do atendimento. A adesão dos servidores do interior do estado ainda não foi definida. De acordo com Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Rondônia, os policiais devem se reunir na região central de Porto Velho para seguir em passeata até a Praça das Três Caixas d'Água.
Roraima
A assessoria jurídica do Sindicato dos Policiais Civis em Roraima afirmou estar descartada a possibilidade de paralisação para esta quarta-feira, mas ressaltou que apoia a decisão dos colegas de outras unidades federativas. A Polícia Federal no estado informou que haverá uma assembleia às 19h15 (horário local) para dedicidir se a categoria para ou não nesta quarta.

Santa Catarina
Santa Catarina também irá aderir à paralisação nacional, conforme o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do estado, Anderson Amorim. O apoio à mobilização nacional já foi definida em assembleias anteriores. Serão mantidos atendimentos de urgência e emergência. Para esta quarta-feira, a categoria pretende fazer um ato em prol da doação de sangue. Em Florianópolis, policiais civis, militares, rodoviários e federais devem se reunir em grupos e comparecer ao hemocentro de Florianópols.

São Paulo
Os policiais civis do estado de São Paulo vão aderir à paralisação nacional da categoria. O Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo informou que casos urgentes serão atendidos. "Vamos atender casos de roubo, de assalto a banco, de sequestro. O que não vamos atender são casos menos urgentes, como perda de documento", diz João Batista Rebouças, presidente do Sipesp.
Sergipe
A Polícia Civil de Sergipe anunciou que vai entrar em greve nesta quarta-feira. Um ato simbólico da entrega das viaturas está marcado para as 6h30 em frente a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), que fica em frente à Praça Tobias Barreto em Aracaju. Segundo Antônio Moraes, do Sindicato dos Policiais Civis de Sergipe (Sinpol), categoria se reuniu em assembleia na noite desta terça-feira e decidiu aderir à paralisação nacional. Os policiais civis esperam que o adicional noturno, a lincença prêmio e o pagamento da hora extra não sejam extintos.
Tocantins
Segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins, não haverá paralisação local, mas 5 delegados serão enviados a Brasília para apoiar a mobilização nacional.