Jornal Novo Tempo

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quinta-feira, 6 de março de 2014

Número de mulheres sem emprego aumenta em Salvador, diz pesquisa


Segundo dados, contingente de desempregadas sofreu acréscimo de 15 mil.
Também houve redução no rendimento mensal médio feminino.

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O contingente de mulheres desempregadas aumentou em 15 mil na região metropolitana de Salvador no ano de 2013 em relação a 2012. A informação faz parte da pesquisa "A Inserção da Mulher no Mercado de Trabalho da RMS”, executadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI/SEPLAN) em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), e divulgada na manhã desta quinta-feira (6).
Segundo o estudo, no total, foram contabilizadas 201 mil mulheres desempregadas em 2013, contra 186 mil em 2012. A pesquisa ressalta que houve acréscimo no número de postos de trabalho, com geração de 10 mil oportunidades, mas eles não foram suficientes para alterar de forma significativa a estrutura ocupacional feminina.
De acordo com a pesquisa, a representação das mulheres entre os desempregados passou de 57,2% em 2012 para 58,9% em 2013. Dessa forma, de cada 100 pessoas desempregadas no ano de 2013, aproximadamente 59 eram do sexo feminino.
Já em relação aos homens, o contingente de desempregados também aumentou em relação ao ano passado, mas a variação foi menor, de 1 mil. O número de homens desempregados em 2013 foi de 140 mil, contra 139 mil em 2012.
No total, a taxa de desemprego entre homens e mulheres passou de 17,7% em 2012 para 18,3% em 2013. No caso das mulheres, o percentual passou de 21,2% para 22,3%; enquanto que os homens de 14,5% para 14,6%.
Justificativa
Para o estudo, o aumento da proporção de desempregados é resultado das 25 mil mulheres que ingressaram no mercado de trabalho sem que houvesse correspondência prorcional na geração de postos.
O crescimento no número de postos de trabalho para as mulheres foi distribuído entre: Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (3,9%), Indústria de Transformação (2,9%) e Serviços (0,8%).
No contingente de trabalhadores do setor privado sem carteira assinada houve aumento de 1,8% para as mulheres e diminuição de 11,4% para os homens. Já entre os assalariados do setor público, houve redução entre as mulheres (9,5%) e os homens (1,4%).
Rendimento
No período 2012-2013, o rendimento médio para os homens aumentou 5,1%, e passou de R$ 1.260 para R$ 1.324. Para as mulheres, houve diminuição no ganho salarial em 1,1%, o que representou queda de R$ 963 para R$ 952.
Ainda houve redução na ocupação feminina no trabalho autônomo (5,3%). Nos serviços domésticos, no setor que representa 16,9% de toda ocupação feminina, houve redução de 1,7% no número de mulheres ocupadas, com acréscimo de 3,2% para as mensalistas e redução de 18,5% no número de diaristas em 2013.

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