Jornal Novo Tempo

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terça-feira, 4 de março de 2014

Saúde

CPI investiga caso de idoso que fez ‘autocirurgia’ para curar hérnia

Aposentado tomou decisão por não saber se conseguiria vaga pelo SUS.
Caso em Cascavel, no oeste do Paraná, não é aconselhado pelos médicos.

À èsquerda, o aposentado Orlando Vaz; à direita, o estilete que ele usou para se cortar (Foto: Reprodução/RPCTV)À esquerda, o aposentado Orlando Vaz; à direita, o
estilete que ele usou para se cortar
(Foto: Reprodução/RPCTV)
A comissão que investiga a qualidade da saúde pública em Cascavel, no Oeste do Paraná, recebeu a denúncia de que um senhor de 84 anos recorreu a uma ‘autocirurgia’ após esperar meses na fila do Sistema Único de Saúde (SUS).
Em 2008, Orlando Vaz - hoje com 84 anos - havia passado por um procedimento para retirar uma hérnia. Alguns meses depois, o aposentado voltou a sentir dores. Os remédios não resolveram o problema e somente em abril de 2013 uma nova cirurgia foi indicada.
Sem previsão de quando conseguiria vaga pelo SUS, o paciente tomou uma decisão arriscada e não aconselhável. “A hérnia estava inflamando. Aí eu tomei banho, passei uma pomada e eu mesmo fiz a cirurgia”, conta o aposentado.
O relator da CPI, vereador João Paulo de Lima (PSD), cobrou da 10ª Regional de Saúde explicações para a demora no agendamento da cirurgia. O diretor da regional, Dr. Mirolslau Bailak, disse que a responsabilidade é da prefeitura. Bailak acredita que o procedimento adotado pelo aposentado não possa ser chamado de cirurgia. “Ele fez simplesmente um corte na pele para tirar o pus."
Quase um ano depois, Orlando diz estar melhor. “Hoje estou bem, graças a Deus. Hoje não dói. Só pra subir escada que dói um pouco.”
A CPI da Saúde de Cascavel recebeu quase 900 denúncias em 5 meses de trabalho.

Dia de Luta contra a Hanseníase é comemorado com caminhada

Centenas de pessoas participaram da programação na Avenida Litorânea.
Em 2013, o Maranhão 3.369 casos novos da doença.

Do G1 MA
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Caminhada mobilizou centenas de pessoas (Foto: De Jesus/O Estado)Caminhada mobilizou centenas de pessoas (Foto: De Jesus/O Estado)
Em 2013, o Maranhão 3.369 casos novos de hanseníase em todo o estado, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de estado de Saúde. Apesar do registro, a incidência vem registrando queda nos últimos sete anos.

Visando reduzir ainda mais os índices, centenas de pessoas seguiram em caminhada pela Avenida Litorânea, neste domingo, em comemoração ao Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase. A programação contou ainda com distribuição de folderes com informações para a população, como forma de alertar para os riscos, sinais e cura da hanseníase.
As atividades foram realizadas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), em parceria com universidades e órgãos estaduais.O secretário-adjunto de Vigilância em Saúde, Alberto Carneiro, explicou que a caminhada e outras ações realizadas pela SES têm o intuito de sensibilizar a população, informando que a hanseníase tem cura, se o tratamento for feito corretamente.

“Queremos divulgar, a partir da Região Metropolitana, a importância do tratamento e da cura da hanseníase. A SES, durante o Governo Itinerante, fez a busca ativa dos pacientes, está oferecendo tratamento e informando que as pessoas acometidas podem levar uma vida normal no trabalho, na família e na sociedade”, disse ele.A hanseníase é uma doença que atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é longo. Pode variar de dois a até mais de 10 anos. A doença pode causar deformidades físicas, que podem ser evitadas com o diagnóstico no início da doença e o tratamento imediato.
A doença
O ser humano é considerado a única fonte de infecção da doença. O contágio se dá por meio do contato direto de uma pessoa doente não tratada, que o expele através das vias aéreas superiores. Entre as ações adotadas pela SES, em parceria com o Ministério da Saúde, em 2013, para eliminação da doença no Maranhão, destacam-se campanhas em escolas do ensino fundamental em 77 municípios considerados prioritários.

A campanha teve como objetivo a detecção de casos novos de hanseníase entre menores de 15 anos. Foram encaminhados para exames de avaliação nas unidades de saúde 26.353 alunos, dos quais 86 foram confirmados com a doença.
A dermatologista Celijane Melo, diretora do Hospital Aquiles Lisboa – referência para o tratamento da hanseníase no Estado – explicou que durante todo este mês foram feitas atividades com a intenção de divulgar os sintomas e favorecer a chegada dos pacientes no serviço de saúde. “O grande problema ainda é a falta de diagnóstico precoce. A SES oferece tratamento e as pessoas precisam deixar o preconceito de lado e buscar tratamento, somente assim vamos evitar as complicações e incapacidades consequentes da hanseníase”, justificou.

Determinada internação compulsória de dependentes químicos na capital

Decisão é da juíza da 1ª Vara da Fazenda Pública, Luzia Nepomucena.
Determinação é válida para clínicas psiquiátricas conveniadas com SUS.

Do G1 MA
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Clínicas psiquiátricas de São Luís conveniadas com o SUS (Sistema Único de Saúde) devem fazer a internação compulsória de dependentes químicos para tratamento médico especializado pelo tempo necessário para a recuperação do paciente. A determinação é da juíza titular da 1ª Vara da Fazenda Pública de São Luís, Luzia Madeiro Nepomucena.

A magistrada afirmou que os estabelecimentos de saúde, mesmo recebendo recursos públicos, recusam-se a fazer a internação. Segundo ela, a situação em São Luís é difícil para esse tipo de internação porque as clínicas se limitam a receitar medicamentos controlados aos dependentes químicos, utilizados para pessoas com deficiência mental, o que seria um tratamento inadequado e com foco apenas na contenção de crises de abstinência.

De acordo com a magistrada, as unidades de atendimento aos dependentes químicos em São Luís não dispõem de terapêutica adequada para tratar os pacientes.
Ação para obter atendimento
Uma viúva precisou ingressar com ação na 1ª Vara da Fazenda Pública de São Luís pedindo a imediata internação do filho, que é dependente químico, além de tratamento especializado. A juíza determinou ao município de São Luís a internação compulsória em uma clínica conveniada e impôs multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento da decisão.
A mãe alega que, mesmo internado por determinação judicial, o rapaz teve alta de forma unilateral sem qualquer aviso à família, sendo entregue na porta de casa por profissionais da clínica, que apenas comunicaram verbalmente estar devolvendo o paciente. A mãe alegou que no mesmo dia foi à clínica e não obteve explicação ou prescrição médica referente à alta do filho. Diante disso, ela ingressou com a ação cautelar para garantir o retorno do paciente àquela unidade hospitalar.

AM terá mais de R$ 2 milhões para controle e prevenção de DST/Aids

Verba também deve ser aplicada em ações contra hepatites virais.
Ministério da Saúde vai repassar recursos para todos os estados do país.

Do G1 AM
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Teste rápido mostra resultado em cerca de 15 minutos (Foto: Denise Righi/Divulgação, PMPA)Recursos vão ajudar a combater HIV no Amazonas
(Foto: Denise Righi/Divulgação, PMPA)
O Ministério da Saúde anunciou o repasse de R$ 2.231.971,00 para ações de vigilância, controle e prevenção de DST/Aids e hepatites virais no estado do Amazonas. O recurso será destinado a todos os estados brasileiros e o valor do repasse em todo o país chega a R$ 178 milhões. As informações foram divulgadas no site do Ministério da Saúde.
De acordo com o Ministério, o repasse do dinheiro será feito pelo Ministério por meio do Fundo Nacional de Saúde aos fundos estaduais e municipais, dividido em 12 parcelas. O incentivo também poderá ser destinado para ações desenvolvidas por organizações da sociedade civil, para a manutenção de casa de apoio a pessoas vivendo com HIV e aids e também para a aquisição da fórmula láctea para crianças nascidas de mães soropositivas.
A definição dos valores a serem distribuídos às secretarias estaduais e municipais de saúde levam em conta critérios como número de casos de aids, hepatite B e C e número de casos de nascidos com sífilis congênita.
O Amazonas já registra um aumento de 16,7% no número de casos diagnosticados de HIV no estado. De janeiro a outubro deste do ano passado, 914 novos casos de pessoas infectadas com o vírus da imunodeficiência humana foram notificados, enquanto ao longo de 2012 foram registradas 783 notificações. O número de mortes causadas pela Aids também cresceu nos municípios amazonenses, conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (Susam).

No Amazonas, a faixa etária com maior incidência de contaminação é de 20 a 34 anos. Os homens concentram a maioria dos casos com 68%. Já os 32% restantes de casos são de mulheres. Manaus lidera a lista de cidades com maior volume de infectados, seguido dos municípios de Parintins, Tabatinga, Itacoatiara, Manacapuru, Presidente Figueiredo, Tefé, Iranduba, Borba e Rio Preto da Eva.

No Senado, urologistas cobram criação de centro de saúde do homem

Congresso foi iluminado de azul em campanha contra o câncer de próstata.
Segundo entidade, doença é a segunda causa de morte de homens no país.

Priscilla Mendes Do G1, em Brasília
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Prédio do Congresso Nacional ganhou iluminação especial para a campanha Novembro Azul, de combate ao câncer de próstata (Foto: Zeca Ribeiro/Ag.Câmara)Prédio do Congresso Nacional ganhou iluminação especial para a campanha Novembro Azul, de combate ao câncer de próstata (Foto: Zeca Ribeiro/Ag.Câmara)
O presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, Aguinaldo Nardi, cobrou nesta segunda-feira (4) do governo federal a criação de um centro de referência em saúde do homem para melhorar o acesso da população de baixa renda a exames urológicos. No Senado, a instituição participou do lançamento a campanha "Novembro Azul", de combate e prevenção ao câncer de próstata.
A exemplo do que ocorreu durante o "Outubro Rosa" – quando diversos monumentos brasileiros foram iluminados de rosa para promover a prevenção ao câncer de mama –, o Congresso Nacional recebeu luzes azuis, como forma de incentivar a realização de exames pelos homens. O Cristo Redentor e a Igreja da Penha, no Rio de Janeiro, também participam.
A Sociedade Brasileira de Urologia encaminhou ao Ministério da Saúde projeto que cria centros especializados para homens. Segundo Nardi, é preciso agilizar o atendimento da população de baixa renda no sistema público de saúde.
Não temos uma ponte entre a atenção básica até o urologista. É necessário criarmos centros de referência em saúde do homem no Brasil"
Aguinaldo Nardi,
Sociedade Brasileira de Urologia
"Não temos uma ponte entre a atenção básica até o urologista. É necessário criarmos centros de referência em saúde do homem no Brasil", disse durante discurso na solenidade. "O homem, se tiver suspeita de alguma doença, é encaminhado aos ambulatórios de especialidades e aguardará, talvez, meses para ter uma primeira consulta", relatou.
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia, o câncer de próstata é a segunda causa de morte entre homens no Brasil. Um em cada seis homens terá câncer de próstata, ainda segundo a instituição, e a idade é um dos fatores de risco: mais da metade dos casos de câncer de próstata no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.
Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos. Somente em 2012, surgiram 60 mil novos casos da doença, mas a sociedade alerta que, se descobertos no início, 90% dos pacientes são curados.
A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que o exame de toque retal para identificar o câncer deve ser feito a partir dos 50 anos para homens sem casos na família e aos 40 a 45 anos para homens negros ou com casos na família.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), apareceu na cerimônia apenas para o encerramento porque foi chamado para uma reunião com a presidente Dilma Rousseff. O senador falou da importância da prevenção contra o câncer de próstata e contou que seu pai morreu da doença.
"Meu pai faleceu acometido por um câncer de próstata. Isso me faz trabalhar para que haja uma prevenção mais efetiva da doença", disse Calheiros.

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