Jornal Novo Tempo

Jornal Novo Tempo

terça-feira, 11 de março de 2014

Senado americano aprova por unanimidade lei sobre abuso sexual no Exército

O Senado americano aprovou por unanimidade hoje uma reforma de “tolerância zero” para as agressões sexuais no Exército, depois que uma medida similar - mas de maior alcance - fracassou na semana passada. A lei foi aprovada por 97 votos a zero, uma excepcional demonstração de cooperação bipartidária em uma casa dominada por fortes oposições e confrontos entre democratas e republicanos.
A Lei de Proteção às Vítimas, proposta pela senadora Claire McCaskill, ex-procuradora encarregada de crimes sexuais, permitirá que as vítimas tenham advogados independentes do Exército e criminalizará as represálias contra os membros das Forças Armadas que denunciem esses abusos. O projeto, que deve ser aprovado na Câmara de Representantes antes de virar lei, garante que “as vítimas de assalto sexual nas Forças Armadas sejam tratadas com dignidade e responsabilidade”, disse o senador Kelly Ayotte, um promotor da lei republicano.
McCaskill afirmou que a reforma é parte do esforço para atingir “tolerância zero” e obter “responsabilidade plena” para os comandantes em suas unidades. O texto propõe o fim da chamada “defesa bom soldado”, que permite aos militares o uso de sua boa reputação profissional para apresentar seu caso perante um tribunal militar.
“Até mesmo um profissional bem-sucedido pode ser um predador sexual”, advertiu o presidente democrata do poderoso Comitê de Serviços Armados do Senado, senador Carl Levin. A reforma de McCaskill é uma versão mais amena da legislação mais firme introduzida no ano passado pelo também senador democrata Kirsten Gillibrand, que eliminava os casos de assédio sexual da cadeia de comando militar. O Exército americano sofreu uma série de golpes, em casos de agressões sexuais, e que provocaram uma grande polêmica e a necessidade de uma reforma da Justiça militar. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário