Jornal Novo Tempo

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terça-feira, 20 de maio de 2014

Paulo Roberto Costa foi preso durante a Operação Lava Jato. Ordem do STF garantiu a liberdade provisória para ele, na segunda-feira (20).

Ex-diretor da Petrobras entrega o passaporte para a Justiça Federal


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Paulo Roberto Costa, no momento em quem foi solto pela PF, na segunda-feira (19) (Foto: Thais Kaniak/G1)Paulo Roberto Costa, no momento em quem foi
solto pela PF, na segunda-feira (19)
(Foto: Thais Kaniak/G1)
O advogado Fernando Fernandes, que defende o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, entregou nesta terça-feira (20), o passaporte do cliente dele à Justiça Federal, em Curitiba. A medida atende uma das condições para a liberdade provisória de Costa, concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, na segunda-feira (19).
O ex-diretor da Petrobras foi preso durante as investigações da Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal em março de 2014 e que investiga lavagem de dinheiro. Conforme as investigações, a quadrilha que seria chefiada pelo doleiro Alberto Youssef, movimentou mais de R$ 10 bilhões ilegalmente.
Paulo Roberto Costa aparece nas investigações por ter, supostamente, facilitado um contrato de uma empresa de fachada mantida por Youssef junto à estatal. No momento da prisão, ainda em março, Costa foi flagrado pelos policiais tentando destruir documentos que poderiam provar a ligação dele com o esquema.
A liberdade de Costa só foi concedida após uma reclamação do advogado junto ao STF, na qual ele questiona a competência da 13ª Vara Federal de Curitiba para analisar o caso. O motivo é que entre as pessoas citadas no processo aparecem políticos, como o deputado federal André Vargas (sem partido-PR) que possui foro privilegiado. Embora Vargas não tenha sido arrolado como réu nos processos da Operação Lava Jato, as ligações dele com o doleiro Alberto Youssef foram enviadas para o STF, que deve investigar e processar o parlamentar, se considerar necessário.
Outros presos
Ainda na segunda-feira, Zavascki respondeu a um pedido de esclarecimento sobre a decisão que soltou Paulo Roberto Costa. O juiz federal Sérgio Moro, que cuida do caso, indagou o ministro do STF quanto à extensão da medida tomada por ele. O objetivo era saber se a liberdade provisória se estenderia aos outros 11 detidos, mas a resposta foi negativa.
Sérgio Moro alertou o STF sobre a possibilidade de fuga dos acusados para outros países. O juiz alegava que todos possuíam amplo poder econômico para empreender a fuga, dado o volume de negócios suspeitos e de dinheiro envolvido nas operações ilegais.
Além de Youssef, também estão presos outros suspeitos de integrar o esquema de lavagem de dinheiro, entre eles, um homem acusado de tráfico de cocaína e outro que está na Espanha. Há ainda um acusado foragido.

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