O governo da Bahia e o consórcio OAS/ Odebrecht, responsável pela construção da Arena Fonte Nova, perderam a queda de braço na tentativa de convencer a Fifa de que não precisavam seguir as recomendações específicas do gramado e da tecnologia da informação para a realização da Copa das Confederações, em 2013, e do Mundial, em 2014.
A entidade exigiu a instalação de drenagem à vácuo na grama do futuro estádio e um sistema de redundância na tecnologia da informação (TI) - que garante o backup do sistema em caso de problemas técnicos. Os novos custos serão acrescidos no valor final da obra, sendo repassados pelo estado por meio da PPP (Parceria Público Privada). O novo montante total ainda não foi divulgado.
Nesta terça-feira, em evento realizado na obra do futuro estádio, e com a presença do presidente da CBF e do Comitê Organizador Local (COL), José Maria Marín, o governador Jaques Wagner admitiu o fim da negociação para convencer a Fifa. "Não é que o gramado à vácuo não seja o melhor, mas é que esse regime de sucção é mais próprio para lugares com maior quantidade de chuvas. Contudo, para não ser acusado depois de que perdemos um jogo ou outro por conta disso, resolvemos adotar esta tecnologia", argumentou.
Segundo estimativas do consórcio, a drenagem vai custar em torno de R$ 5 milhões. "É 1% do custo do estádio. Não vou ficar brigando para depois falarem que o estádio não ficou a contento", reforçou Wagner.
A reportagem de A TARDE apurou que a OAS/Odebrecht contratou duas consultorias para convencer a Fifa de que o uso da drenagem à vácuo não era necessário para esta região do País. O presidente do consórcio, Dênio Cidreira, fala em legado pós-Copa. "É um custo alto de manutenção, além de que temos a característica de uma arena multiuso. Mas a Fifa foi firme nesta questão", atesta.
A reportagem apurou também que o consórcio estuda modificar o sistema de TI pós-2014, mas ainda não sabe se fará o mesmo com o gramado, pois a mudança é muito custosa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário