Jornal Novo Tempo

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terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Homem é agredido ao tentar gravar denúncia em São Vicente, SP


Homem é agredido ao tentar gravar denúncia em São Vicente, SP; assista

Jonathan foi agredido após flagrar descarte irregular de lixo na cidade.
Morador diz que foi até a Subprefeitura da Área Continental de São Vicente.


Um morador de São Vicente, no litoral de São Paulo, foi ameaçado, agredido e teve o celular tomado por um homem após ter gravado um vídeo do momento em que um caminhão despeja entulho de maneira ilegal. De acordo com Jonathan Souza, o fato aconteceu no bairro Jardim Rio Branco, na tarde desta segunda-feira (5). Ele denunciou a irregularidade para a Subprefeitura da Área Continental da cidade.
Morador estava gravando segundos antes de ter o celular tomado (Foto: Reprodução / G1)Morador estava gravando segundos antes de ter o
celular tomado (Foto: Reprodução/G1)
Jonathan mora na Rua Augusto de Oliveira Santos, bem em frente ao terreno onde o entulho foi despejado. “Já trabalhei na Secretaria de Meio Ambiente de São Vicente e sei como é o procedimento. Eles vieram jogar entulho no terreno em frente sem licença ambiental”, afirma.
Ao notar os danos causados em algumas guias da via e perceber a intenção dos homens no caminhão, Jonathan pegou o celular e começou a gravar a ação. “Fui gravar a irregularidade, mas sofri ameaças e ainda tive o celular tomado das mãos. Por sorte, o celular bloqueou e o homem não conseguiu apagar o vídeo”, conta.
Jonathan ainda temeu que o aparelho fosse destruído. "Pensei que o homem ia jogar o meu celular na água ou coisa assim, mas felizmente ele me devolveu”, diz.
O morador afirma que se reuniu com outras pessoas e se dirigiu até a Subprefeitura da Área Continental de São Vicente. “Estamos abrindo denúncia, pois sabemos que o terreno não pode ser ocupado, era irregular o que estavam fazendo. Com o tempo, esse terreno vai virar um lote, cheio de palafitas e em situação precária”, conclui.
Entulho foi jogado em local irregular nesta segunda-feira (5) (Foto: Jonathan Souza / Arquivo Pessoal)

Jovens levam colar da mãe, caneta da sorte e anel místico para a Fuvest

Gabriel Fleury de Oliveira leva amuletos para a prova da Fuvest (Foto: Caio Kenji/G1)
Amuletos, música, incenso e até pizza antes da prova. Vale tudo para incrementar a sorte e conseguir boa nota no vestibular da Fuvest, que, nesta terça-feira (6), realiza o terceiro e último dia de provas da segunda fase do vestibular.
Na prova terceira e última etapa, são 12 questões dissertativas, e o conteúdo varia de acordo com a carreira escolhida pelo candidato, podendo abordar entre duas e três disciplinas.
G1 faz trazer à noite a resolução das questões feita pelo Cursinho da Poli.
Candidatos que fazem as provas na Escola Politécnica da USP contam quais os segredos para garantir mais sorte na hora da avaliação, além, claro, de muita dedicação durante todo o ano que antecede o vestibular.
Gabriel Fleury de Oliveira leva amuletos para a prova da Fuvest (Foto: Caio Kenji/G1)Amuletos para a Fuvest (Foto: Caio Kenji/G1)
Pacote completo
Para Gabriel Fleury de Oliveira, de 19 anos, as “mandingas” nunca são demais. O jovem paulista, que tenta uma vaga no curso de design de USP, levou consigo uma medalha de São Bento, um colar usado pela mãe, e um amuleto na carteira, dado pela namorada.
Rindo bastante, Gabriel parecia bastante tranquilo, mas não estava disposto a fazer a prova sem seus amuletos. “As mandingas tão todas aqui, tudo guardadinho”, brincou o rapaz.
Giovana Silva Costa mostra caderninho com frases que lê para a prova da Fuvest (Foto: Caio Kenji/G1)Giovana Silva Costa mostra caderninho com frases
que lê para a prova da Fuvest (Foto: Caio Kenji/G1)
Frase
Antes de seguir para fazer as provas da Fuvest, Giovana Silva Costa de 18 anos, lê uma frase anotada em caderninho, e que é atribuída ao escritor Charles Bukowski: “Às vezes você levanta da cama de manhã e pensa, 'eu não vou conseguir', mas você ri por dentro lembrando todas as vezes que sentiu isso."
“Vi a frase no Facebook. Senti aquilo de manhã e copiei”, esclareceu Giovana, que tenta uma vaga no curso de Engenharia.
Edgar Ernesto Moura Silva não levou o amuleto no segundo dia da fase final da Fuvest (Foto: Caio Kenji/G1)Edgar Ernesto Moura Silva não levou o amuleto no
segundo dia da fase final da Fuvest
(Foto: Caio Kenji/G1)
Cordão
Sentado em seu skate aguardando o início da prova, Edgar Ernesto, de 18 anos, tem um amuleto muito especial, que o traz tranquilidade. Contudo, não levou para o dia da prova da segunda fase. O cordão de capoeira, que já o acompanhou em peças de teatro das quais participou, ficou em casa.
“Tem um valor muito sentimental, me sinto confortável com ele. Na primeira fase eu levei, mas quero ver se consigo passar sem ele, sem depender dele”, explicou o rapaz, que mora em Embu das Artes e presta letras na USP.
Rodrigo Dias Garcia e Fernanda Matos Freitas foram de Salvador a São Paulo prestar a Fuvest (Foto: Caio Kenji/G1)Rodrigo Dias Garcia e Fernanda Matos Freitas
foram de Salvador a São Paulo prestar a Fuvest
(Foto: Caio Kenji/G1)
Música e incenso
Aluno do curso de física da USP, Rodrigo Dias Garcia, de 20 anos, quer mudar a carreira para engenharia mecânica, e aposta nas músicas para relaxar antes do vestibular. O candidato, que é de Salvador (BA), contou que o tempo dedicado às canções faze parte de uma tradição antes das provas.
Rodrigo destacou que, entre as faixas mais tocadas, estão as da banda norte-americana Metallica. A namorada dele, Fernanda Matos Freitas, de 19 anos, garante que a boa fé pode funcionar para o vestibular. Ela levou flores para Iemanjá, pediu para que o namorado passasse em física na USP, o que acabou se concretizando. A jovem, que também é da capital baiana, cursa enfermagem na UFBA e quer tentar o mesmo curso na USP. Para isso, contou que usa incensos e ouve músicas de Iemanjá para incrementar a sorte.
Lucas Andrade come pizza para dar sorte na Fuvest (Foto: Caio Kenji/G1)Lucas Andrade come pizza para dar sorte na Fuvest
(Foto: Caio Kenji/G1)
Pizza
Candidato do curso de engenharia, Lucas Andrade, de 18 anos, tem o ritual mais saboroso (e calórico) para trazer sorte na hora da prova. Na noite anterior do vestibular, o jovem sempre come uma pizza de forno.
“Deu vontade um dia e vi que me deixa mais calmo, aí comecei a fazer”, contou o rapaz, que dedica sua aprovação no curso de engenharia da Instituto Mauá de Tecnologia à pizza consumida na noite que antecedeu a prova. Fazendo a contas, Lucas revelou que, incluindo a Mauá e as duas fases da Fuvest, ele terá comido cinco discos ao total.
João Pedro Silvani Daher usa um amuleto da sorte na Fuvest (Foto: Caio Kenji/G1)João Pedro Silvani Daher usa um amuleto da sorte
na Fuvest (Foto: Caio Kenji/G1)
Viagens
Morador do bairro do Butantã, bem próximo à Cidade Universitária, João Pedro, de 18 anos, leva consigo um colar comprado durante uma de suas viagens, além de diversa pulseiras para trazer sorte.
Tentando uma vaga em lazer e turismo, João acredita nas boas energias dos adereços comprados em suas aventuras. “Esse [colar] aqui sempre me acompanhou. Acho que tudo vale para passar”, comentou o rapaz.
Rui Santiago Rosa usa um anel de Atlantis como amuleto para a Fuvest (Foto: Caio Kenji/G1)Rui Santiago Rosa usa um anel de Atlantis como
amuleto para a Fuvest (Foto: Caio Kenji/G1)
Anel da sorte
Em um papo bastante místico, Rui Santiago Rosa, de 18 anos, explicou que seu segredo para um bom desempenho é um anel que sempre leva consigo, independente do que aconteça. “Não consigo sair de casa sem ele”, declarou Rui.
“Comprei em uma loja xamã, ele chama ‘anel de Atlantis’. Dependendo do dedo em que você usa, ele melhora um sistema do seu corpo. Mas o principal é que melhora o fluxo de energia”, explicou o rapaz, que também ostentava um colar indígena no pescoço e prestava para matemática.
Leonardo Ramalho presta Fuvest para cursar química e usa a mesma caneta nas provas (Foto: Caio Kenji/G1)Leonardo Ramalho presta Fuvest para cursar
química e usa a mesma caneta nas provas
(Foto: Caio Kenji/G1)
Caneta da USP
Parando por um momento enquanto ouvia música em seus fones de ouvido colorido, Leonardo Ramalho, candidato do curso de química, contou que seu amuleto da sorte é uma caneta da própria Universidade de São Paulo, que ganhou em uma visita à instituição.
“Uso sempre a mesma caneta e, mesmo quando não posso usar, levo ela para trazer sorte”, especificou o jovem, que tem 18 anos.
Lucas Suzano faz malabares antes da prova (Foto: Caio Kenji/G1)Lucas Suzano faz malabares antes da prova
(Foto: Caio Kenji/G1)
Malabares
O treineiro Lucas Suzano, de 16 anos, tem uma mania bastante peculiar que executa antes de suas provas. O jovem garantiu que faz malabarismo para relaxar antes de suas avaliações, e garante que não precisa de material profissional para cumprir o ritual.
“Ajuda a tirar o peso da prova. Antes das provas a gente dá um jeito. Já fiz com caixinhas de suco, papel alumínio, dando para segurar na mão eu consigo” relatou o adolescente, que escolheu três maçãs-de-elefante, fruto de uma das árvores em frente ao prédio da Poli, para fazer malabarismo diante da câmera.
A primeira chamada dos aprovados no vestibular será feita no dia 31 de janeiro. A matrícula online ocorrerá nos dias 3 e 4 de fevereiro para confirmar o interesse pela vaga, e a matrícula presencial será feita em 11 e 12 de fevereiro.

Homem armado que agrediu turista na Imigrantes é filho de um sargento.

Homens assaltaram família na rodovia dos Imigrantes (Foto: Reprodução/TV Tribuna)
A Polícia Civil já identificou os dois homens que tentaram assaltar um casal de Rio Claro (SP), no último domingo (5), na rodovia dos Imigrantes, em São Vicente, no litoral de São Paulo. As imagens do crime, com pouco mais de 20 segundos de duração, foram registradas pelo repórter-cinematográfico Toninho Pinheiro, da TV Tribuna, afiliada da TV Globo. Um dos suspeitos, que aparece de boné nas imagens, é filho de um sargento do Corpo de Bombeiros que, segundo a polícia, faleceu há alguns anos.
Os dois assaltantes são conhecidos da polícia, usuários de drogas e moram emSão Vicente. Edmilson Batista, que aparece nas imagens com uma arma na mão, é filho de um sargento do Corpo de Bombeiros e teria perdido a mãe há cerca de um mês. O outro homem que agrediu a passageira foi identificado como Jorge Henrique Dias. Ele tem passagens policiais por roubo, furto e tráfico de drogas. A última vez que ele saiu da prisão foi no dia 1º de dezembro. Dias já foi reconhecido pelas vítimas pelo álbum de fotos da Polícia Militar.
Os investigadores do 2º Distrito Policial fizeram uma varredura nos bairros carentes, que ficam às margens da rodovia dos Imigrantes, próximo ao trecho onde a tentativa de assalto aconteceu no último domingo (4). Eles foram em esconderijos e até encontraram uma passagem clandestina que seria uma rota de fuga dos criminosos que costumam assaltar os motoristas na rodovia dos Imigrantes. A Polícia Civil continua à procura dos assaltantes. 
Caso
Os dois criminosos se aproveitaram de uma longa fila de carros que seguiam para São Paulo e, quando o semáforo ficou vermelho, abordaram o casal, que vive em Rio Claro, no interior do Estado, e passava o fim de semana em Praia Grande. A dupla estava a pé e com uma arma. Um deles intimidou o motorista gritando para que ele saísse do carro. O motorista, que é engenheiro, não obedeceu por acreditar que a arma era de brinquedo e levou um soco no rosto.
A passageira chegou a lutar com um dos assaltantes, e o motorista acabou conseguindo sair com o carro. Ela afirma que agiu por instinto de sobrevivência e que faria tudo novamente, caso necessário. Porém não recomenda que outros reajam da mesma forma. Os turistas procuraram uma viatura da Polícia Militar que estava próxima ao local para explicar o que tinha acontecido, mas não registraram boletim de ocorrência porque estavam assustados.
Equipe de reportagem foi abordada por bandidos na Padre Manoel da Nóbrega, em São Vicente (Foto: Cássio Lyra/G1)Equipe de reportagem foi assaltada na Pe. Manoel
da Nóbrega, em São Vicente (Foto: Cássio Lyra/G1)
Equipes das polícias Militar e Rodoviária, além do Batalhão de Ações Especiais da PM (BAEP), fizeram ronda em alguns bairros da cidade à procura dos criminosos, mas nenhum deles foi encontrado. O Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil (GOE) também percorreu trechos da rodovia.
Outro assalto
Além da tentativa de assalto aos turistas, uma equipe de reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" teve o carro e equipamentos roubados na pista marginal da Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, na altura do bairro Humaitá, também em São Vicente. Enquanto a equipe fazia fotos do movimento nas estradas na volta para São Paulo, o repórter-fotográfico Rafael Arbex foi rendido por um homem armado. Outros dois suspeitos abordaram o motorista Celso Mariano de Marchi, que aguardava dentro do veículo. O trio fugiu com o automóvel, que não tinha identificação de imprensa, e com os equipamentos fotográficos e objetos pessoais, como dois celulares e um laptop. O veículo foi encontrado horas depois em uma comunidade no bairro Jardim Rio Branco, em São Vicente.

Justiça do Rio nega liminar do Ministério Público contra aumento das passagens de ônibus

As tarifas de ônibus no Rio continuarão nos R$ 3,40
Justiça do Rio nega liminar do Ministério Público contra aumento das passagens de ônibus As tarifas de ônibus no Rio continuarão nos R$ 3,40 As tarifas de ônibus no Rio continuarão nos R$ 3,40 Foto: Hudson Pontes Extra Tamanho do texto A A A A Justiça negou, na noite desta segunda-feira, a liminar movida pelo Ministério Público para suspender o reajuste das passagens de ônibus municipais do Rio. No despacho, o juiz responsável pelo plantão judiciário afirma que, antes de se posicionar sobre a questão, é preciso que a prefeitura se manifeste, expondo as justificativas para o valor do aumento. “O ato da administração pública, que tem presunção de legitimidade, certamente se calcou em elementos técnicos que entendeu hábeis para aferição dos custos e propriedade do aumento”, diz o texto, acrescentando que tais elementos “devem ser trazidos aos autos”. Na ação coletiva de consumo, encaminhada pela manhã junto ao pedido de liminar, o promotor Rodrigo Terra havia argumentado: “Não é apenas pelos vinte centavos que se move a presente ação, mas sobretudo pelo cumprimento do contrato de concessão”. O promotor alega ainda não ser possível, em sua concepção, confiar na prestação de contas das empresas de ônibus. No texto encaminhado à Justiça, ele destaca que “o contrato de concessão veda o repasse de custos financeiros, como esta alavancagem na tarifa, para cobrir futuros investimentos”. — A irregularidade mais grave é a violação ao que o contrato prevê em relação ao índice de reajuste. O percentual deveria ter sido de cerca de 6%, o que levaria a tarifa para R$ 3,20. Mas, se o poder executivo se reserva o poder de acrescentar qualquer valor a esse percentual, rasga o contrato de concessão e afronta a Constituição da República — analisa Terra. Ele acrescenta que o objetivo da liminar não era retornar o preço da passagem para o valor anterior, de R$ 3: — O pedido não é de suspensão de todo o reajuste, mas apenas da parte (os R$ 0,20) que se fundamentou no “AI 5” do ônibus — afirmou, comparando a lei que autoriza aumento por critérios do Executivo e não do contrato de concessão ao ato institucional que, na época da ditadura, suprimiu direitos civis. O promotor relata que, nos últimos anos, o MP tem tentado obter, na Justiça, o acesso às planilhas com os gastos das empresas de ônibus. — Queremos saber qual seria a tarifa justa para o serviço, mas até hoje não tivemos sucesso. Não há como confiar no q Leia mais:

Acidente com dois trens da Super via deixa feridos em Mesquita, RJ

Segundo a concessionária, duas composições bateram na Baixada.
Pelo menos 140 pessoas ficaram feridas na
batida.

Detalhe da colisão entre os trens em Mesquita, no Rio de Janeiro (Foto: Douglas Viana/Futura Press/Estadão Conteúdo)U Acidente entre dois Trens ramal Japeri da Supervia, por volta das 20h20, desta segunda-feira (5) deixou pelo menos 140 feridos. Segundo a concessionária, uma composição bateu na traseira de outra que estava parada na altura da estação Presidente Juscelino, em Mesquita, na Baixada Fluminense. A circulação foi suspensa no ramal.
Soldados do Corpo de Bombeiros do Catete, na Zona Sul do Rio, de Parada de Lucas, no Subúrbio, e de Nova Iguaçu, Nilópolis e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, atuaram no socorro às vítimas.

Os feridos foram levados para quatro principais unidades de saúde: Hospital da Posse, em Nova Iguaçu; Albert Schweitzer, em Realengo; Getúlio Vargas, na Penha; e Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, Duque de Caxias. Segundo o secretário de Transportes, Carlos Osório, uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região também prestou apoio no socorro às vítimas.

Somente no Hospital da Posse foram atendidas 129 vítimas, segundo informou a assessoria de imprensa. Dessas, 47 já receberam alta e 60 devem deixar a unidade nas próximas horas. Os demais estão passando por exames para a definição dos procedimentos que serão adotados.

Pelo menos outras 10 foram levadas para o Hospital Albert Schweitzer. Os hospitais Getúlio Vargas e Adão Pereira Nunes também teriam recebido ao menos 8 feridos, mas ainda não divulgaram balanço oficial.
Tinha muita gente machucada, sangrando, teve gente que caiu do lado de fora da plataforma"
Thiago Portela
Às 22h30, a Supervia informou que todos os feridos foram retirados das composições e receberam atendimento inicial no local. Equipes da concessionária trabalhavam para que a circulação no ramal fosse normalizada na manhã da terça-feira (6) – o primeiro trem sai às 4h25. Para que os demais passageiros pudessem prosseguir viagem, foram distribuídos vales aceitos por outros meios de transporte.
Segundo o secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osório, a expectativa era de liberar o ramal ainda na noite desta segunda. 
“A informação preliminar que recebi é que o trem que se chocou era reformado, não era novo, mas não estava na iminência de ser substituído. As novas composições já estão contratadas para serem substituídas até o final do ano. Era uma operação normal de embarque e desembarque de passageiros. A causa foi o trem que se chocou, mas vamos aguardar o detalhamento das investigações", disse.
Segundo o secretário, o maquinista pode ser testemunha importante do acidente. "A informação que recebemos é que o maquinista não sofreu ferimentos e ele será ouvido por investigadores. Temos ele como testemunha, que é o próprio maquinista. Não temos previsão, mas vamos trabalhar para que esse ramal seja liberado ainda essa noite”, afirmou  Carlos Roberto Osório.
 A Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro(Agetransp) abriu um boletim de ocorrência para apurar as causas do acidente. A agência informou que técnicos foram para o local para começar a investigação e para avaliar a qualidade do atendimento aos feridos e aos usuários do sistema pela concessionária Supervia. Os procedimentos adotados pela concessionária para o restabelecimento da operação no ramal também serão avaliados, informou a Agetransp.

O presidente da Supervia, Carlos José Cunha, afirmou que ainda era prematuro falar sobre o fato que pode ter ocasionado a colisão e afirmou que cerca de 112 passageiros foram atendidos após o acidente.
“Uma forma de pedirmos desculpas é o atendimento aos passageiros. Estamos trabalhando para amanhã [terça-feira], a partir das 4h, estar em total normalidade. Conversar com o maquinista será a terceira etapa do nosso procedimento, onde poderemos ver a velocidade e a localidade em que ele estava. Obviamente isso é uma anormalidade. Alguma coisa fugiu do procedimento normal. Tudo será avaliado, apurado, para poder saber aonde foi a falha”, afirmou o presidente.
Bombeiros trabalham no resgate aos feridos da colisão entre dois trens em Mesquita, no Rio de Janeiro (Foto: Douglas Viana/Futura Press/Estadão Conteúdo)Bombeiros trabalham no resgate (Foto: Douglas Viana/Futura Press/Estadão Conteúdo)
A Linha Japeri da Supervia tem início na Central do Brasil e termina em Japeri, na Baixada Fluminense. Ao todo, há 21 estações nessa linha. São elas: Central do Brasil, Maracanã, Silva Freire, Estação Olímpica de Engenho de Dentro, Cascadura, Madureira, Deodoro, Ricardo de Albuquerque, Anchieta, Olinda, Nilópolis, Edson Passos, Mesquita, Presidente Juscelino, Nova Iguaçu, Comendador Soares, Austin, Queimados, Engenho da Pedreira e Japeri.
estação juscelino
Ana Cláudia Pereira da Silva de Oliveira, de 53 anos, que trabalha no Engenho de Dentro, no Subúrbio, estava no meio do vagão feminino quando, segundo disse, já chegando à estação de Presidente Juscelino, houve um estrondo muito forte e uma colisão violenta, que chegou a amassar as barras de ferro em que os passageiros se seguravam.
A luz se apagou e ela disse que houve muito pânico, gritos e correria. Muita gente perdeu bolsas e celulares, de acordo com ela, e, quando conseguiu ser retirada do vagão por pessoas que estavam do lado de fora do trem ajudando os passageiros, pôde ver que muitos passageiros estavam machucados com cortes na cabeças, nas costas, e nos pés.
“Eu tive sorte, mas também estou machucada. Bati a cabeça e as costas e estou com muita dor. Estou indo para a UPA para examinarem”, contou ela, por volta das 21h30, num ponto de ônibus, à espera da condução para ir à clínica.
Ana Cláudia disse que o trem estava muito cheio e que deveriam ser 20h30 quando o trem bateu em outra composição.
Vítimas são socorridas após acidente com trens em Mesquita, no Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/Globo News)Vítimas são socorridas após acidente com trens em Mesquita, no Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/Globo News)
“Em Madureira eu esperei três Japeris passarem para conseguir entrar. Resolvi ficar no vagão das mulheres porque estava um pouco mais vazio”, contou ela, acompanhada de uma amiga que também se feriu no acidente e estava indo com ela na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Mesquita.
O bancário Thiago Portela, de 28 anos, contou ao G1 que estava no último vagão do trem que estava parado na estação antes do acidente. De acordo com ele, que não se machucou, a composição já havia apresentado outros problemas durante o trajeto e passageiros haviam reclamado por conta de inúmeras paradas no percurso.

“Eu estava no último vagão e o trem já vinha parando. O outro trem veio por trás e foi um batidão. Tinha muita gente machucada, sangrando, teve gente que caiu do lado de fora da plataforma. O outro trem ficou com a frente toda amassada. Teve gente com boca sangrando, com cortes. Era uma cena de guerra. Tinha uma fumaça grande e as pessoas acharam que o trem ia explodir. Parece que eu nasci de novo”, afirmou.
Feridos foram atendidos pelos bombeiros no próprio local do acidente. O atendimento de emergência do Hospital Geral de Nova Iguaçu (Hospital da Posse), por sua vez, informou que passageiros com ferimentos leves estavam chegando por conta própria para atendimento.
Os trens acidentados (Foto: Daniel Silveira/G1)Os trens acidentados (Foto: Daniel Silveira/G1)
No Twitter, passageiros relataram que houve um descarrilamento antes da colisão, o que foi negado pela concessionária. A circulação foi suspensa no ramal Japeri, segundo a concessionária (veja a íntegra da nota abaixo).
Nota da Supervia:
"Às 20h20 desta segunda-feira (05/01), um trem que seguia da Central do Brasil para Japeri abalroou outra composição que se encontrava na estação Juscelino. O Corpo de Bombeiros e o Grupamento de Polícia Ferroviária (GPFer) foram imediatamente acionados para prestar o atendimento necessário. Técnicos da SuperVia estão no local para apurar as causas do incidente e dar a assistência necessária aos passageiros. Devido a essa ocorrência, a circulação no ramal Japeri encontra-se suspensa. A SuperVia prestará todo o atendimento necessário aos passageiros."
Curiosos tiram fotos do acidente com celulares (Foto: Thiago Portela/Arquivo Pessoal)Curiosos tiram fotos do acidente com celulares (Foto: Thiago Portela/Arquivo Pessoal)
Bombeiros trabalham no atendimento as vítimas após acidente com trens em Mesquita, no Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/Globo News)Bombeiros trabalham no atendimento as vítimas após acidente com trens em Mesquita, no Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/Globo News)
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Internauta postou foto do acidente no Twitter (Foto: Reprodução / Twitter)