Jornal Novo Tempo

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terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Jovens levam colar da mãe, caneta da sorte e anel místico para a Fuvest

Gabriel Fleury de Oliveira leva amuletos para a prova da Fuvest (Foto: Caio Kenji/G1)
Amuletos, música, incenso e até pizza antes da prova. Vale tudo para incrementar a sorte e conseguir boa nota no vestibular da Fuvest, que, nesta terça-feira (6), realiza o terceiro e último dia de provas da segunda fase do vestibular.
Na prova terceira e última etapa, são 12 questões dissertativas, e o conteúdo varia de acordo com a carreira escolhida pelo candidato, podendo abordar entre duas e três disciplinas.
G1 faz trazer à noite a resolução das questões feita pelo Cursinho da Poli.
Candidatos que fazem as provas na Escola Politécnica da USP contam quais os segredos para garantir mais sorte na hora da avaliação, além, claro, de muita dedicação durante todo o ano que antecede o vestibular.
Gabriel Fleury de Oliveira leva amuletos para a prova da Fuvest (Foto: Caio Kenji/G1)Amuletos para a Fuvest (Foto: Caio Kenji/G1)
Pacote completo
Para Gabriel Fleury de Oliveira, de 19 anos, as “mandingas” nunca são demais. O jovem paulista, que tenta uma vaga no curso de design de USP, levou consigo uma medalha de São Bento, um colar usado pela mãe, e um amuleto na carteira, dado pela namorada.
Rindo bastante, Gabriel parecia bastante tranquilo, mas não estava disposto a fazer a prova sem seus amuletos. “As mandingas tão todas aqui, tudo guardadinho”, brincou o rapaz.
Giovana Silva Costa mostra caderninho com frases que lê para a prova da Fuvest (Foto: Caio Kenji/G1)Giovana Silva Costa mostra caderninho com frases
que lê para a prova da Fuvest (Foto: Caio Kenji/G1)
Frase
Antes de seguir para fazer as provas da Fuvest, Giovana Silva Costa de 18 anos, lê uma frase anotada em caderninho, e que é atribuída ao escritor Charles Bukowski: “Às vezes você levanta da cama de manhã e pensa, 'eu não vou conseguir', mas você ri por dentro lembrando todas as vezes que sentiu isso."
“Vi a frase no Facebook. Senti aquilo de manhã e copiei”, esclareceu Giovana, que tenta uma vaga no curso de Engenharia.
Edgar Ernesto Moura Silva não levou o amuleto no segundo dia da fase final da Fuvest (Foto: Caio Kenji/G1)Edgar Ernesto Moura Silva não levou o amuleto no
segundo dia da fase final da Fuvest
(Foto: Caio Kenji/G1)
Cordão
Sentado em seu skate aguardando o início da prova, Edgar Ernesto, de 18 anos, tem um amuleto muito especial, que o traz tranquilidade. Contudo, não levou para o dia da prova da segunda fase. O cordão de capoeira, que já o acompanhou em peças de teatro das quais participou, ficou em casa.
“Tem um valor muito sentimental, me sinto confortável com ele. Na primeira fase eu levei, mas quero ver se consigo passar sem ele, sem depender dele”, explicou o rapaz, que mora em Embu das Artes e presta letras na USP.
Rodrigo Dias Garcia e Fernanda Matos Freitas foram de Salvador a São Paulo prestar a Fuvest (Foto: Caio Kenji/G1)Rodrigo Dias Garcia e Fernanda Matos Freitas
foram de Salvador a São Paulo prestar a Fuvest
(Foto: Caio Kenji/G1)
Música e incenso
Aluno do curso de física da USP, Rodrigo Dias Garcia, de 20 anos, quer mudar a carreira para engenharia mecânica, e aposta nas músicas para relaxar antes do vestibular. O candidato, que é de Salvador (BA), contou que o tempo dedicado às canções faze parte de uma tradição antes das provas.
Rodrigo destacou que, entre as faixas mais tocadas, estão as da banda norte-americana Metallica. A namorada dele, Fernanda Matos Freitas, de 19 anos, garante que a boa fé pode funcionar para o vestibular. Ela levou flores para Iemanjá, pediu para que o namorado passasse em física na USP, o que acabou se concretizando. A jovem, que também é da capital baiana, cursa enfermagem na UFBA e quer tentar o mesmo curso na USP. Para isso, contou que usa incensos e ouve músicas de Iemanjá para incrementar a sorte.
Lucas Andrade come pizza para dar sorte na Fuvest (Foto: Caio Kenji/G1)Lucas Andrade come pizza para dar sorte na Fuvest
(Foto: Caio Kenji/G1)
Pizza
Candidato do curso de engenharia, Lucas Andrade, de 18 anos, tem o ritual mais saboroso (e calórico) para trazer sorte na hora da prova. Na noite anterior do vestibular, o jovem sempre come uma pizza de forno.
“Deu vontade um dia e vi que me deixa mais calmo, aí comecei a fazer”, contou o rapaz, que dedica sua aprovação no curso de engenharia da Instituto Mauá de Tecnologia à pizza consumida na noite que antecedeu a prova. Fazendo a contas, Lucas revelou que, incluindo a Mauá e as duas fases da Fuvest, ele terá comido cinco discos ao total.
João Pedro Silvani Daher usa um amuleto da sorte na Fuvest (Foto: Caio Kenji/G1)João Pedro Silvani Daher usa um amuleto da sorte
na Fuvest (Foto: Caio Kenji/G1)
Viagens
Morador do bairro do Butantã, bem próximo à Cidade Universitária, João Pedro, de 18 anos, leva consigo um colar comprado durante uma de suas viagens, além de diversa pulseiras para trazer sorte.
Tentando uma vaga em lazer e turismo, João acredita nas boas energias dos adereços comprados em suas aventuras. “Esse [colar] aqui sempre me acompanhou. Acho que tudo vale para passar”, comentou o rapaz.
Rui Santiago Rosa usa um anel de Atlantis como amuleto para a Fuvest (Foto: Caio Kenji/G1)Rui Santiago Rosa usa um anel de Atlantis como
amuleto para a Fuvest (Foto: Caio Kenji/G1)
Anel da sorte
Em um papo bastante místico, Rui Santiago Rosa, de 18 anos, explicou que seu segredo para um bom desempenho é um anel que sempre leva consigo, independente do que aconteça. “Não consigo sair de casa sem ele”, declarou Rui.
“Comprei em uma loja xamã, ele chama ‘anel de Atlantis’. Dependendo do dedo em que você usa, ele melhora um sistema do seu corpo. Mas o principal é que melhora o fluxo de energia”, explicou o rapaz, que também ostentava um colar indígena no pescoço e prestava para matemática.
Leonardo Ramalho presta Fuvest para cursar química e usa a mesma caneta nas provas (Foto: Caio Kenji/G1)Leonardo Ramalho presta Fuvest para cursar
química e usa a mesma caneta nas provas
(Foto: Caio Kenji/G1)
Caneta da USP
Parando por um momento enquanto ouvia música em seus fones de ouvido colorido, Leonardo Ramalho, candidato do curso de química, contou que seu amuleto da sorte é uma caneta da própria Universidade de São Paulo, que ganhou em uma visita à instituição.
“Uso sempre a mesma caneta e, mesmo quando não posso usar, levo ela para trazer sorte”, especificou o jovem, que tem 18 anos.
Lucas Suzano faz malabares antes da prova (Foto: Caio Kenji/G1)Lucas Suzano faz malabares antes da prova
(Foto: Caio Kenji/G1)
Malabares
O treineiro Lucas Suzano, de 16 anos, tem uma mania bastante peculiar que executa antes de suas provas. O jovem garantiu que faz malabarismo para relaxar antes de suas avaliações, e garante que não precisa de material profissional para cumprir o ritual.
“Ajuda a tirar o peso da prova. Antes das provas a gente dá um jeito. Já fiz com caixinhas de suco, papel alumínio, dando para segurar na mão eu consigo” relatou o adolescente, que escolheu três maçãs-de-elefante, fruto de uma das árvores em frente ao prédio da Poli, para fazer malabarismo diante da câmera.
A primeira chamada dos aprovados no vestibular será feita no dia 31 de janeiro. A matrícula online ocorrerá nos dias 3 e 4 de fevereiro para confirmar o interesse pela vaga, e a matrícula presencial será feita em 11 e 12 de fevereiro.

Homem armado que agrediu turista na Imigrantes é filho de um sargento.

Homens assaltaram família na rodovia dos Imigrantes (Foto: Reprodução/TV Tribuna)
A Polícia Civil já identificou os dois homens que tentaram assaltar um casal de Rio Claro (SP), no último domingo (5), na rodovia dos Imigrantes, em São Vicente, no litoral de São Paulo. As imagens do crime, com pouco mais de 20 segundos de duração, foram registradas pelo repórter-cinematográfico Toninho Pinheiro, da TV Tribuna, afiliada da TV Globo. Um dos suspeitos, que aparece de boné nas imagens, é filho de um sargento do Corpo de Bombeiros que, segundo a polícia, faleceu há alguns anos.
Os dois assaltantes são conhecidos da polícia, usuários de drogas e moram emSão Vicente. Edmilson Batista, que aparece nas imagens com uma arma na mão, é filho de um sargento do Corpo de Bombeiros e teria perdido a mãe há cerca de um mês. O outro homem que agrediu a passageira foi identificado como Jorge Henrique Dias. Ele tem passagens policiais por roubo, furto e tráfico de drogas. A última vez que ele saiu da prisão foi no dia 1º de dezembro. Dias já foi reconhecido pelas vítimas pelo álbum de fotos da Polícia Militar.
Os investigadores do 2º Distrito Policial fizeram uma varredura nos bairros carentes, que ficam às margens da rodovia dos Imigrantes, próximo ao trecho onde a tentativa de assalto aconteceu no último domingo (4). Eles foram em esconderijos e até encontraram uma passagem clandestina que seria uma rota de fuga dos criminosos que costumam assaltar os motoristas na rodovia dos Imigrantes. A Polícia Civil continua à procura dos assaltantes. 
Caso
Os dois criminosos se aproveitaram de uma longa fila de carros que seguiam para São Paulo e, quando o semáforo ficou vermelho, abordaram o casal, que vive em Rio Claro, no interior do Estado, e passava o fim de semana em Praia Grande. A dupla estava a pé e com uma arma. Um deles intimidou o motorista gritando para que ele saísse do carro. O motorista, que é engenheiro, não obedeceu por acreditar que a arma era de brinquedo e levou um soco no rosto.
A passageira chegou a lutar com um dos assaltantes, e o motorista acabou conseguindo sair com o carro. Ela afirma que agiu por instinto de sobrevivência e que faria tudo novamente, caso necessário. Porém não recomenda que outros reajam da mesma forma. Os turistas procuraram uma viatura da Polícia Militar que estava próxima ao local para explicar o que tinha acontecido, mas não registraram boletim de ocorrência porque estavam assustados.
Equipe de reportagem foi abordada por bandidos na Padre Manoel da Nóbrega, em São Vicente (Foto: Cássio Lyra/G1)Equipe de reportagem foi assaltada na Pe. Manoel
da Nóbrega, em São Vicente (Foto: Cássio Lyra/G1)
Equipes das polícias Militar e Rodoviária, além do Batalhão de Ações Especiais da PM (BAEP), fizeram ronda em alguns bairros da cidade à procura dos criminosos, mas nenhum deles foi encontrado. O Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil (GOE) também percorreu trechos da rodovia.
Outro assalto
Além da tentativa de assalto aos turistas, uma equipe de reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" teve o carro e equipamentos roubados na pista marginal da Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, na altura do bairro Humaitá, também em São Vicente. Enquanto a equipe fazia fotos do movimento nas estradas na volta para São Paulo, o repórter-fotográfico Rafael Arbex foi rendido por um homem armado. Outros dois suspeitos abordaram o motorista Celso Mariano de Marchi, que aguardava dentro do veículo. O trio fugiu com o automóvel, que não tinha identificação de imprensa, e com os equipamentos fotográficos e objetos pessoais, como dois celulares e um laptop. O veículo foi encontrado horas depois em uma comunidade no bairro Jardim Rio Branco, em São Vicente.

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