Novo Presidente da Câmara anula sessão que aprovou o Impeachment
O presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PMDB-MA), anulou nesta segunda-feira 9 a sessão que autorizou o impeachment na Casa, realizada no dia 17 de abril, um domingo.
O parlamentar atendeu a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), apresentado pelo ministro José Eduardo Cardozo, e convocou uma nova sessão, a acontecer daqui a cinco sessões.
Entre os pontos alegados pela AGU estão o de que na votação de impeachment não cabe antecipar votos e nem orientação de bancadas. Confira aqui os argumentos apresentados pela AGU para pedir a anulação.
A informação foi confirmada pelo deputado Rubens Pereira Júnior, vice-líder do PCdoB na Câmara, pelo Twitter.
Confira seus posts:
- Presidente da Câmara em exercício Waldir Maranhao acaba de anular a sessão q autorizou o impeachment. E convocou nova.
- Presidente em exercício acolheu pedido da AGU, q aguardava respostas há dias. Cunha podia ter resolvido. Não o fez. Coube a ele.
- Pontos alegados: em votação de impeachment não cabe antecipar votos e nem orientação de bancadas. OEA se manifestou assim no Peru e Equador.
- Foi convocada nova sessão, sem vícios, pra decidir sobre a autorização. Daqui 5 sessões.
- A decisão foi Informada ao Senado.
O parlamentar atendeu a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), apresentado pelo ministro José Eduardo Cardozo, e convocou uma nova sessão, a acontecer daqui a cinco sessões.
Entre os pontos alegados pela AGU estão o de que na votação de impeachment não cabe antecipar votos e nem orientação de bancadas. Confira aqui os argumentos apresentados pela AGU para pedir a anulação.
A informação foi confirmada pelo deputado Rubens Pereira Júnior, vice-líder do PCdoB na Câmara, pelo Twitter.
Confira seus posts:
- Presidente da Câmara em exercício Waldir Maranhao acaba de anular a sessão q autorizou o impeachment. E convocou nova.
- Presidente em exercício acolheu pedido da AGU, q aguardava respostas há dias. Cunha podia ter resolvido. Não o fez. Coube a ele.
- Pontos alegados: em votação de impeachment não cabe antecipar votos e nem orientação de bancadas. OEA se manifestou assim no Peru e Equador.
- Foi convocada nova sessão, sem vícios, pra decidir sobre a autorização. Daqui 5 sessões.
- A decisão foi Informada ao Senado.
Sérgio Moro parece um pouco lento com mulher e filha de Eduardo Cunha
Os procuradores e o juiz federal de primeira instância, Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, parecem estar sem pressa para dar a outros acusados um tratamento igualitário ao que deu a pessoas ligadas ao Partidos dos Trabalhadores nas investigações.
Desde o dia 15 de março, há 35 dias, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, decidiu enviar para Moro as suspeitas do envolvimento da jornalista Cláudia Cruz, mulher do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e da filha dele, Danielle Cunha, com as supostas irregularidades investigadas no inquérito sobre contas secretas na Suíça em nome do casal.
Moro dormiu no ponto por uma semana e os advogados da mulher e da filha de Eduardo Cunha tiveram tempo para entrar com um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal. Mas no último de 30 de março, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello arquivou o habeas corpus. Na decisão, Mello entendeu que não é possível derrubar a decisão de um colega da Corte por meio de habeas corpus.
Enquanto Moro e os procuradores pensam o que vão fazer, a mulher de Cunha foi flagrada fazendo compras em shopping do Rio de Janeiro, mas é provável que não seja com dinheiro da corrupção da Petrobras. Talvez seja por isso que os procuradores e o próprio juiz Moro sempre tenham que repetir que a investigação ‘não tem motivação política’.
Desde o dia 15 de março, há 35 dias, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, decidiu enviar para Moro as suspeitas do envolvimento da jornalista Cláudia Cruz, mulher do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e da filha dele, Danielle Cunha, com as supostas irregularidades investigadas no inquérito sobre contas secretas na Suíça em nome do casal.
Moro dormiu no ponto por uma semana e os advogados da mulher e da filha de Eduardo Cunha tiveram tempo para entrar com um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal. Mas no último de 30 de março, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello arquivou o habeas corpus. Na decisão, Mello entendeu que não é possível derrubar a decisão de um colega da Corte por meio de habeas corpus.
Enquanto Moro e os procuradores pensam o que vão fazer, a mulher de Cunha foi flagrada fazendo compras em shopping do Rio de Janeiro, mas é provável que não seja com dinheiro da corrupção da Petrobras. Talvez seja por isso que os procuradores e o próprio juiz Moro sempre tenham que repetir que a investigação ‘não tem motivação política’.
População contra o impeachment é maior do que votos dados a Dilma Rousseff
Pesquisa Datafolha da última semana mostrou algo curioso. A população que é contra o impeachment é maior do que o número de pessoas que votaram na presidente Dilma Rousseff (PT) nas últimas eleições.
Não entra nesse cálculo a questão jurídica das ‘pedaladas fiscais’, que caracteriza o impeachment como um golpe parlamentar. Menos ainda o fato de o impeachment estar sendo levado a cabo por uma trupe de réus comandada por Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A análise aqui é apenas de números apresentados pela pesquisa e parte do princípio de que os números são um retrato da realidade sem manipulação por parte do instituto.
Nas últimas eleições, 2014, contra Aécio Neves (PSDB), Dilma teve 54,5 milhões de votos. Aécio teve 51 milhões.
Segundo a última pesquisa Datafolha, 27% dos entrevistados são contra o impeachment. Isso representa um volume de exatamente 55,3 milhões de pessoas. Um número um pouco superior aos 54,5 milhões de votos recebidos por Dilma. Essa é a porcentagem sobre a população do Brasil. Veja aqui em tempo real a população do Brasil.
Se forem acrescidos os indiferentes e os que não sabem, isto é, pessoas que não apoiam o impeachment, o número fica superior em 11 milhões. Ou seja, 65,6 milhões de pessoas não apoiam o impeachment.
Isso demonstra o quão complexa e ideológica se apresentam tais pesquisas de opinião. A pesquisa Datafolha diz que entrevistou 2.794 eleitores em 171 municípios de todo o país.
Esses eleitores não representam o número de votantes, mas números da população, visto que os votantes só se realizam no exercício do direito ao voto. São, na verdade, potenciais eleitores e não eleitores de fato. Por isso, o instituto Datafolha e a notícia da pesquisa dizem que “68% da população” são a favor do impeachment.
Não se pode substituir índices por votos estabelecidos nas urnas, mas é interessante notar a semelhança entre os votos de Dilma e o número dos que são contra o impeachment. No entanto, a pesquisa praticamente triplica na população o número de votos dados a Aécio Neves em relação aos que querem o impeachment. Segundo o instituto, perto de 140 milhões de pessoas são a favor do impeachment.
Nesse sentido, a pesquisa torna-se eficiente como pressão política para o impeachment. Isso porque os números do Datafolha falam em nome de uma população que se recusou a participar das regras democráticas nas eleições ou de pessoas que não estavam habilitadas, por exemplo, menores de 16 anos.
No fundo, a pesquisa mostra que, anulando o processo democrático e o substituindo por um levantamento de uma empresa privada, a população apoia o impeachment.
Não entra nesse cálculo a questão jurídica das ‘pedaladas fiscais’, que caracteriza o impeachment como um golpe parlamentar. Menos ainda o fato de o impeachment estar sendo levado a cabo por uma trupe de réus comandada por Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A análise aqui é apenas de números apresentados pela pesquisa e parte do princípio de que os números são um retrato da realidade sem manipulação por parte do instituto.
Nas últimas eleições, 2014, contra Aécio Neves (PSDB), Dilma teve 54,5 milhões de votos. Aécio teve 51 milhões.
Segundo a última pesquisa Datafolha, 27% dos entrevistados são contra o impeachment. Isso representa um volume de exatamente 55,3 milhões de pessoas. Um número um pouco superior aos 54,5 milhões de votos recebidos por Dilma. Essa é a porcentagem sobre a população do Brasil. Veja aqui em tempo real a população do Brasil.
Se forem acrescidos os indiferentes e os que não sabem, isto é, pessoas que não apoiam o impeachment, o número fica superior em 11 milhões. Ou seja, 65,6 milhões de pessoas não apoiam o impeachment.
Isso demonstra o quão complexa e ideológica se apresentam tais pesquisas de opinião. A pesquisa Datafolha diz que entrevistou 2.794 eleitores em 171 municípios de todo o país.
Esses eleitores não representam o número de votantes, mas números da população, visto que os votantes só se realizam no exercício do direito ao voto. São, na verdade, potenciais eleitores e não eleitores de fato. Por isso, o instituto Datafolha e a notícia da pesquisa dizem que “68% da população” são a favor do impeachment.
Não se pode substituir índices por votos estabelecidos nas urnas, mas é interessante notar a semelhança entre os votos de Dilma e o número dos que são contra o impeachment. No entanto, a pesquisa praticamente triplica na população o número de votos dados a Aécio Neves em relação aos que querem o impeachment. Segundo o instituto, perto de 140 milhões de pessoas são a favor do impeachment.
Nesse sentido, a pesquisa torna-se eficiente como pressão política para o impeachment. Isso porque os números do Datafolha falam em nome de uma população que se recusou a participar das regras democráticas nas eleições ou de pessoas que não estavam habilitadas, por exemplo, menores de 16 anos.
No fundo, a pesquisa mostra que, anulando o processo democrático e o substituindo por um levantamento de uma empresa privada, a população apoia o impeachment.
Haddad impediu saída de Maluf da lista da Interpol. Por isso ele votou pelo Impeachment
Um grande não da prefeitura paulistana do petista e ex-aliado Fernando Haddad impediu que deputado federal progressista Paulo Maluf deixasse a lista de procurados da Interpol. Segundo o Painel da Folha, comunicações oficiais feitas no processo que corre na Promotoria de Nova York mostram que advogados da família Maluf tentaram, sem sucesso, convencer o município a receber depois uma dívida de US$ 22 milhões relativa a desvios de quando o político administrava a cidade.
O acordo, diz o jornal, abriria espaço para suspender o alerta vermelho. Em um dos trechos do processo, obtido pela coluna, um advogado ligado à família Maluf pede para a prefeitura “persuadir” as autoridades americanas. Procurado, Haddad não quis comentar “assunto sigiloso”; Maluf disse não estar “a par”. O município espera receber este ano outros US$ 25 milhões.
O acordo, diz o jornal, abriria espaço para suspender o alerta vermelho. Em um dos trechos do processo, obtido pela coluna, um advogado ligado à família Maluf pede para a prefeitura “persuadir” as autoridades americanas. Procurado, Haddad não quis comentar “assunto sigiloso”; Maluf disse não estar “a par”. O município espera receber este ano outros US$ 25 milhões.
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