Grampo descoberto no STF mostra que Lula tinha razão?
Lula disse que o STF estava acovardado, insinuando que haviam coisas a ser feitas e não estavam.
O aparelho de escuta ambiental foi encontrado numa varredura de rotina por seguranças do STF e
estava desativada. Não há informações sobre quem instalou o aparelho ou quando,
nem se conversas do ministro Luís Roberto Barroso ou de sua equipe foram interceptadas.
A assessoria do Ministro afirmou que já está em curso uma
“investigação preliminar”, sem participação da Polícia Federal.
Servidores do gabinete não têm ideia de quando o aparelho foi colocado no local. Barroso passou a
despachar no gabinete em junho de 2013, quando tomou posse na Corte. Na época,
fez uma reforma grande no local.
Ao saber do grampo o ministro declarou: "Do ponto de vista institucional, é gravíssimo alguém ter
a ousadia de colocar um grampo num gabinete do ministro do Supremo. É uma desfaçatez absoluta.
Do ponto de vista pessoal, estou totalmente tranquilo e confortável.
Aqui recebo em audiência e converso com meus assessores sobre os processos.
A gravidade é alguém saber por antecipação o que eventualmente estou pensando em fazer num processo.
Mas fora isso, aqui é um espaço totalmente republicano, de modo que não há risco de ter aparecido
qualquer coisa errada", completou em seguida.
A reflexão que esse grampo leva a fazer é:
A quem interessaria grampear, bisbilhotar para supostamente ter o judiciário nas mãos?
A alguém que sabe que faz algo ilegal e não quer ser julgado ou investigado?
Óbvio.
É muito complicado afirmar que há policiais, juízes, delegados, promotores, desembargadores que
contribuem para limpar a barra de grandes traficantes ou políticos corruptos, como afirmava o
falecido policial civil de Minas Gerais, Lucas Arcanjo.
QUem estaria por trás desse grampo e com que finalidade?
Porém, há que se considerar que algo sem precedentes na história da Nova República brasileira
está em curso.
As forças de apoio não se identifica muito bem de onde vem, em uma análise rápida, mas observando
os fatos e os seus atores principais e coadjuvantes, é possível levantar teses.
Pensando racionalmente, o grampo no gabinete do Ministro Barroso, do Supremo Tribunal Federal
fortalece a tese de "golpe" no Estado democrático brasileiro.
Um absurdo mundial aconteceu no Brasil, mais um de uma série que vem acontecendo. Não se trata de defender partido A ou B,
mas de garantir os direitos e respeitar a Constituição em todas as suas esferas.
Se o elo se rompe em uma e nada se faz, há a perca de controle. Teria o Brasil chegado a esse ponto?
Seja como for, uma coisa é certa: o país precisa se entender, se unificar, e essa maioria
ser justa na condução da democracia brasileira.
estava desativada. Não há informações sobre quem instalou o aparelho ou quando,
nem se conversas do ministro Luís Roberto Barroso ou de sua equipe foram interceptadas.
A assessoria do Ministro afirmou que já está em curso uma
“investigação preliminar”, sem participação da Polícia Federal.
Servidores do gabinete não têm ideia de quando o aparelho foi colocado no local. Barroso passou a
despachar no gabinete em junho de 2013, quando tomou posse na Corte. Na época,
fez uma reforma grande no local.
Ao saber do grampo o ministro declarou: "Do ponto de vista institucional, é gravíssimo alguém ter
a ousadia de colocar um grampo num gabinete do ministro do Supremo. É uma desfaçatez absoluta.
Do ponto de vista pessoal, estou totalmente tranquilo e confortável.
Aqui recebo em audiência e converso com meus assessores sobre os processos.
A gravidade é alguém saber por antecipação o que eventualmente estou pensando em fazer num processo.
Mas fora isso, aqui é um espaço totalmente republicano, de modo que não há risco de ter aparecido
qualquer coisa errada", completou em seguida.
A reflexão que esse grampo leva a fazer é:
A quem interessaria grampear, bisbilhotar para supostamente ter o judiciário nas mãos?
A alguém que sabe que faz algo ilegal e não quer ser julgado ou investigado?
Óbvio.
É muito complicado afirmar que há policiais, juízes, delegados, promotores, desembargadores que
contribuem para limpar a barra de grandes traficantes ou políticos corruptos, como afirmava o
falecido policial civil de Minas Gerais, Lucas Arcanjo.
QUem estaria por trás desse grampo e com que finalidade?
Porém, há que se considerar que algo sem precedentes na história da Nova República brasileira
está em curso.
As forças de apoio não se identifica muito bem de onde vem, em uma análise rápida, mas observando
os fatos e os seus atores principais e coadjuvantes, é possível levantar teses.
Pensando racionalmente, o grampo no gabinete do Ministro Barroso, do Supremo Tribunal Federal
fortalece a tese de "golpe" no Estado democrático brasileiro.
Um absurdo mundial aconteceu no Brasil, mais um de uma série que vem acontecendo. Não se trata de defender partido A ou B,
mas de garantir os direitos e respeitar a Constituição em todas as suas esferas.
Se o elo se rompe em uma e nada se faz, há a perca de controle. Teria o Brasil chegado a esse ponto?
Seja como for, uma coisa é certa: o país precisa se entender, se unificar, e essa maioria
ser justa na condução da democracia brasileira.
Novo Presidente do BC, afirmou que desemprego e renda menor ajudam a diminuir inflação
Em artigo no Jornal O Globo, o novo presidente do Banco Central nomeado pelo interino Temer, defende que para freiar inflação é necessário desemprego e perda do poder de compra do brasileiro
Nomeado pelo Presidente interino, Michel Temer, o novo Presidente do Banco Central, que é ligado ao ITAÚ, escreveu em artigo para o jornal O GLOBO que para vencer o aumento da inflação é necessário acabar com pleno emprego, aumentar o desemprego, diminuir a renda e poder de compra das pessoas, sim isso mesmo, leia o artigo:
Pode ser lido Aqui
"por ARTIGO - ILAN GOLDFAJN
05/03/2013 0:00
A inflação subiu no Brasil e, com ela, as preocupações do governo. O discurso recente tem enfatizado o compromisso no combate à inflação. Melhor assim. É necessário transmitir a ideia de que há um guardião da inflação para evitar aumentos contínuos de preços. Se subir muito, caem as vendas, perde-se mercado. É a âncora da economia. Mas não há almoço grátis, o combate à inflação requer estar disposto a abrir mão de coisas valiosas. A sociedade está preparada para (temporariamente) reduzir o consumo e desaquecer o mercado de trabalho para reduzir a inflação?
Ninguém gosta de fazer essa opção. Às vezes nem é necessário. A maioria dos países vizinhos na América Latina está crescendo forte, com inflação em queda (Peru cresce 6,3%, com inflação de 2,6%; Chile, 5,6%, com 1,5% de inflação; México, 3,9%, com inflação de 3,6%, etc.). É que uma vez combatida a inflação, a estabilidade econômica e a melhora na produtividade favorecem crescimento forte com baixa inflação.
Mas, no Brasil, as opções estão mais difíceis. Recentemente, tem ocorrido o inverso dos nossos vizinhos: inflação em alta e crescimento tímido. O Banco Central (BC), na última ata, chamou a atenção para as “limitações pelo lado da oferta”. O problema não é a falta de consumo, que tem crescido de forma robusta. É necessário produzir a um custo menor (mais produtividade) para crescer sem pressionar a inflação. Nesse caso, estímulos ao consumo não resolvem, podem até exacerbar o problema, pois distanciam a demanda do que pode ser ofertado sem inflação crescente.
Muitas vezes as soluções parecem caminhar na direção correta, mas podem não resolver o problema. Por exemplo, a desoneração de impostos na economia é um objetivo nobre a perseguir. Afinal, a alta e complexa carga tributária da economia brasileira é um gargalo ao crescimento. No curto prazo, os subsídios e corte de impostos de fato podem reduzir os preços e ajudar a combater a inflação. Mas, ao longo do tempo, se as desonerações e os menores preços estimularem ainda mais o consumo, sem correspondente aumento da oferta, o problema inflacionário persistirá.
Apesar da redução da tarifa de energia elétrica, que teve impacto relevante no índice de fevereiro, a inflação não tem cedido como desejado. Neste início de ano, a inflação continuou elevada, no acumulado em 12 meses deve oscilar entre 6,2% e 6,6% até o final do terceiro trimestre, quando pode começar a recuar. A pressão dos alimentos tende a ser revertida, pelo menos parcialmente, e a queda do preço das commodities agrícolas no mercado internacional pode ajudar. Porém, observa-se uma maior disseminação no aumento de preços. O mercado de trabalho aquecido tem gerado aumentos de salários que, repassados aos preços, têm gerado resistência à queda da inflação.
Na atual conjuntura talvez seja necessário desaquecer temporariamente tanto o consumo, adequando-o, no curto prazo, à oferta mais restrita, quanto o mercado de trabalho, para permitir adequar os aumentos de salários ao crescimento da produtividade do trabalho. Nesse caso, as desonerações apenas adiariam a necessidade desses ajustes para adiante.
Pode-se argumentar que a desaceleração do consumo e/ou do mercado de trabalho não seja necessária. Bastaria controlar as expectativas no curto prazo para evitar reajustes defensivos de preços, desonerar alguns preços no curto prazo, ganhando tempo para que haja uma reação pelo lado da oferta: mais produção baseada em mais investimentos. Os investimentos levariam, ao longo do tempo, a aumentos de produtividade que permitiriam a adequação da economia aos salários atuais (e ao forte mercado de trabalho).
O problema é que a retomada dos investimentos, em particular, tem ocorrido de forma lenta, enquanto o consumo e o mercado de trabalho continuam robustos. No ano de 2012, a economia cresceu 0,9%. O investimento teve queda de 4% no ano passado. O consumo das famílias e os gastos do governo continuaram crescendo firmes, em 3,1% e 3,2%, respectivamente.
Projeta-se uma retomada modesta do atual ritmo de crescimento do PIB para 3% em 2013. Apesar do baixo crescimento projetado, espera-se que a taxa de desemprego continue baixa, mantendo o mercado de trabalho apertado e aumento dos salários reais. Boas notícias para um lado da economia, mas, por outro, dificultam o combate à inflação.
Pleno emprego, salários altos e consumo forte têm sido valiosos para a economia brasileira. A inflação sob controle também é um valor. Não está claro se há consciência na sociedade de que, para manter a inflação sob controle, possa ser necessário temporariamente reduzir o consumo e desaquecer o mercado de trabalho.
Pode ser lido Aqui
"por ARTIGO - ILAN GOLDFAJN
05/03/2013 0:00
A inflação subiu no Brasil e, com ela, as preocupações do governo. O discurso recente tem enfatizado o compromisso no combate à inflação. Melhor assim. É necessário transmitir a ideia de que há um guardião da inflação para evitar aumentos contínuos de preços. Se subir muito, caem as vendas, perde-se mercado. É a âncora da economia. Mas não há almoço grátis, o combate à inflação requer estar disposto a abrir mão de coisas valiosas. A sociedade está preparada para (temporariamente) reduzir o consumo e desaquecer o mercado de trabalho para reduzir a inflação?
Ninguém gosta de fazer essa opção. Às vezes nem é necessário. A maioria dos países vizinhos na América Latina está crescendo forte, com inflação em queda (Peru cresce 6,3%, com inflação de 2,6%; Chile, 5,6%, com 1,5% de inflação; México, 3,9%, com inflação de 3,6%, etc.). É que uma vez combatida a inflação, a estabilidade econômica e a melhora na produtividade favorecem crescimento forte com baixa inflação.
Mas, no Brasil, as opções estão mais difíceis. Recentemente, tem ocorrido o inverso dos nossos vizinhos: inflação em alta e crescimento tímido. O Banco Central (BC), na última ata, chamou a atenção para as “limitações pelo lado da oferta”. O problema não é a falta de consumo, que tem crescido de forma robusta. É necessário produzir a um custo menor (mais produtividade) para crescer sem pressionar a inflação. Nesse caso, estímulos ao consumo não resolvem, podem até exacerbar o problema, pois distanciam a demanda do que pode ser ofertado sem inflação crescente.
Muitas vezes as soluções parecem caminhar na direção correta, mas podem não resolver o problema. Por exemplo, a desoneração de impostos na economia é um objetivo nobre a perseguir. Afinal, a alta e complexa carga tributária da economia brasileira é um gargalo ao crescimento. No curto prazo, os subsídios e corte de impostos de fato podem reduzir os preços e ajudar a combater a inflação. Mas, ao longo do tempo, se as desonerações e os menores preços estimularem ainda mais o consumo, sem correspondente aumento da oferta, o problema inflacionário persistirá.
Apesar da redução da tarifa de energia elétrica, que teve impacto relevante no índice de fevereiro, a inflação não tem cedido como desejado. Neste início de ano, a inflação continuou elevada, no acumulado em 12 meses deve oscilar entre 6,2% e 6,6% até o final do terceiro trimestre, quando pode começar a recuar. A pressão dos alimentos tende a ser revertida, pelo menos parcialmente, e a queda do preço das commodities agrícolas no mercado internacional pode ajudar. Porém, observa-se uma maior disseminação no aumento de preços. O mercado de trabalho aquecido tem gerado aumentos de salários que, repassados aos preços, têm gerado resistência à queda da inflação.
Na atual conjuntura talvez seja necessário desaquecer temporariamente tanto o consumo, adequando-o, no curto prazo, à oferta mais restrita, quanto o mercado de trabalho, para permitir adequar os aumentos de salários ao crescimento da produtividade do trabalho. Nesse caso, as desonerações apenas adiariam a necessidade desses ajustes para adiante.
Pode-se argumentar que a desaceleração do consumo e/ou do mercado de trabalho não seja necessária. Bastaria controlar as expectativas no curto prazo para evitar reajustes defensivos de preços, desonerar alguns preços no curto prazo, ganhando tempo para que haja uma reação pelo lado da oferta: mais produção baseada em mais investimentos. Os investimentos levariam, ao longo do tempo, a aumentos de produtividade que permitiriam a adequação da economia aos salários atuais (e ao forte mercado de trabalho).
O problema é que a retomada dos investimentos, em particular, tem ocorrido de forma lenta, enquanto o consumo e o mercado de trabalho continuam robustos. No ano de 2012, a economia cresceu 0,9%. O investimento teve queda de 4% no ano passado. O consumo das famílias e os gastos do governo continuaram crescendo firmes, em 3,1% e 3,2%, respectivamente.
Projeta-se uma retomada modesta do atual ritmo de crescimento do PIB para 3% em 2013. Apesar do baixo crescimento projetado, espera-se que a taxa de desemprego continue baixa, mantendo o mercado de trabalho apertado e aumento dos salários reais. Boas notícias para um lado da economia, mas, por outro, dificultam o combate à inflação.
Pleno emprego, salários altos e consumo forte têm sido valiosos para a economia brasileira. A inflação sob controle também é um valor. Não está claro se há consciência na sociedade de que, para manter a inflação sob controle, possa ser necessário temporariamente reduzir o consumo e desaquecer o mercado de trabalho.
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